segunda-feira, 11 de junho de 2012

GILMAR MENDES,VEJA E O CONLUIO DOS DESESPERADOS

Por Elvino Bohn Gass, em Carta Maior Aos petistas interessa que os episódios do que se convencionou chamar, retoricamente (conforme o próprio inventor do termo), de mensalão, sejam julgados. A permanência do falatório acerca deste assunto só serve aos adversários do PT que, confrontados com os governos muito bem sucedidos de Lula e Dilma, há anos perderam a linha. E a compostura. Eles sabem. O que se chamou de mensalão foi uma prática inaugurada por um dos seus (o tucano Azeredo, em Minas). Mas sabem, também, que em caso de condenação de um petista, a foto deste é que estampará a capa da revista Veja. Provavelmente ilustrado com chifres e fumaça nas ventas. A ideia que preside a tática antipetista é simples: é preciso diminuir a força do PT. Porque o PT tem Dilma e o governo federal mais bem avaliado da história, a maior e uma das mais qualificadas bancadas do Congresso e é o partido preferido dos brasileiros. Como se isso não bastasse, às vésperas de mais uma eleição municipal, investigações da Polícia Federal provam que alguns dos maiores acusadores do PT fazem parte de um esquema criminoso que reúne corrupção, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e outros malfeitos. Encurralados, PSDB, DEM, PPS e outros ainda menores, precisam arranjar um jeito de tentar jogar o PT no vento – e o julgamento do dito mensalão parece ser o sopro da hora. As investigações da PF já prenderam Carlos Cachoeira, o bicheiro a quem o líder do Democratas, senador Demóstenes, servia como um office-boy. Demóstenes era apontado pela revista Veja como um dos ícones éticos do Senado e mais forte acusador do PT. Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça também comprometem seriamente o governador tucano Marconi Perillo, com quem Cachoeira negociou uma mansão e cuja Chefia de Gabinete utilizava um telefone “à prova de grampos”, presenteado pelo bicheiro. Demóstenes, Perillo, o desespero só aumenta. Até porque, há uma CPI em andamento no Congresso com potencial para estabelecer a responsabilidades políticas, cassar mandatos e desmontar de um esquema criminoso do, qual se beneficiaram os oposicionistas do PT. E quem conhece, sabe: o PT irá até o fim nesta investigação. É neste contexto de desespero oposicionista que se insere um episódio tardio, a conversa entre o ex-presidente Lula e o ministro Gilmar Mendes presenciada pelo ex-ministro Nelson Jobim. Dos três personagens do encontro, dois – Lula e Jobim – dizem a mesma coisa: não houve qualquer pressão para que se adiasse o julgamento do mensalão. O terceiro, Mendes, insinua que foi pressionado. Não por acaso, a insinuação vira manchete da revista Veja. Logo Veja, que centenas de vezes moldou fatos, inventou dossiês, usou fontes suspeitas, sempre contra o PT. Mas quem é Mendes e qual o papel de Veja em tudo isso? Mendes é o homem para quem um outro ministro do Supremo, Joaquim Barbosa, disse: -Vossa Excelência não está nas ruas, está na mídia destruindo a Justiça desse país. Me respeite porque o senhor não está falando com seus capangas do Mato Grosso”. Capangas? Um ministro do Supremo com capangas? Reportagem da revista Carta Capital explica a afirmação do ministro Barbosa: “Nas campanhas de 2000 e 2004, Gilmar (Mendes), primeiro como advogado–geral da União do governo Fernando Henrique Cardoso e depois como juiz da Corte, não poupou esforços para eleger o caçula da família (Chico) prefeito de Diamantino, município a 208 km de Cuiabá/Mato Grosso… circulou pelos bairros da cidade, cercado de seguranças, para intimidar a oposição…” Para registro: o irmão do ministro é do PPS. Sobre Mendes, vale lembrar que viajou várias vezes com Demóstenes, de quem era um dos interlocutores prediletos. A relação entre ambos é forte. E vem de longe. Tome-se, por exemplo, o ano de 2008, quando Mendes presidia o Supremo. Naquele ano, a Polícia Federal já estava chegando perto de Cachoeira. De repente, vem a revista Veja (Veja, sempre Veja) e traz uma notícia “bombástica”: o Supremo está sendo espionado. As fontes? Demóstenes e Gilmar Mendes. Nunca houve um áudio sequer que desse crédito ao grampo. Entretanto, Veja fez manchete. Mas justificado pelas suspeitas nunca provadas de que estaria sendo espionado, Mendes contrata para ser seu consultor de contra-espionagem, um ex-agente da ABIN chamado Jairo Martins. Sabem que é Jairo Martins? Ele mesmo, o homem apontado pela Polícia como um dos principais operadores do esquema de… Cachoeira, o araponga do bicheiro. Não por acaso, em Brasília, já se diz que entre Cachoeira e Mendes há pelo menos um dado comum incontestável: ambos utilizavam o mesmo personal-araponga. Seria risível se não fosse tão revelador. Há mais: Mendes foi o ministro que concedeu o discutível habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas num inesperado final de semana. Dantas… sim, a fonte a quem a revista Veja (olha a Veja aí de novo) deu crédito na história do estapafúrdio dossiê que revelaria contas de figurões da República no exterior, Lula entre eles. Jamais comprovado porque absolutamente forjado, o dossiê desapareceu das páginas da revista. Pois é, esta é a Veja. Uma publicação que manteve relações tão estreitas com Cachoeira que este determinava até em qual espaço da revista suas “informações” deveriam ser publicadas. É diretor de Veja o jornalista que manteve centenas de telefonemas com Cachoeira e que das informações dele se servia para atacar o governo do PT. Veja é, portanto, o veículo de imprensa que melhor conhecia o modus operandi de Cachoeira. No entanto, jamais o denunciou. Repito: jamais o denunciou! Muito se poderia dizer ainda sobre Veja, mas fique-se com a fala de Ciro Gomes, um aliado de Dilma mas um crítico do PT: “Todo mundo sabe que a revista Veja tem lado. Todo mundo sabe que a revista Veja é a folha da canalhocracia brasileira. É ali que o baronato brasileiro explora o moralismo a serviço da imoralidade”. Veja, a revista que mais ataca o PT, perdeu sua principal fonte oficial – Demóstenes – e sua principal fonte não-oficial – Cachoeira. Restou-lhe tentar um último golpe: atacar Lula, o maior símbolo petista. E a escolha de Gilmar Mendes para o serviço faz todo o sentido neste verdadeiro conluio de desesperados. Elvino Bohn Gass é deputado Federal PT/RS, Secretário Nacional Agrário e vice-líder da bancada do PT na Câmara.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

EQUILIBRIO, SENHORES !

Por Kennedy Alencar Um juiz de direito deve sempre se pautar pelo equilíbrio e moderação em suas atitudes. No caso de um ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), muito mais. Uma posição tão importante recomenda evitar a leviandade. É compreensível que o ministro Gilmar Mendes se sinta ultrajado pelo que chama de "central de divulgação" de rumores para tentar ligá-lo a malfeitos do senador Demóstenes Torres e do contraventor Carlinhos Cachoeira. No entanto, o ministro precisa apresentar provas e evidências de suas graves acusações contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-diretor da Polícia Federal Paulo Lacerda. Do contrário, transmite a imagem de um ministro que não está à altura do seu cargo no Supremo. É ruim, porque Mendes tem a qualidade de tomar decisões impopulares se as considerar corretas. Possui fama de homem sério, assim como Lula e Lacerda. Em entrevista à "Globonews", na segunda-feira, Mendes disse que inferiu que Lula mencionou uma viagem a Berlim na companhia de Demóstenes a fim de relacionar esse fato à CPI do Cachoeira. No entanto, negou que tenha entendido que se tratava de oferta de blindagem. Na mesma entrevista, afirmou que Lula opinara contra julgar o mensalão ainda neste ano. Na terça-feira, Mendes subiu o tom. Além de lançar na conta de Lula a origem da divulgação de rumores de suposto envolvimento seu com Demóstenes e Cachoeira, atribuiu ao ex-presidente algo que não havia dito em suas entrevistas anteriores: o petista estaria agindo para "melar" o julgamento do mensalão. E foi além. Usou as palavras "gângsteres" e "bandidos" para se referir a seus supostos detratores, mas não quis dizer com todas as letras que Lula seria um deles. Ora, se hoje pensa isso a respeito de Lula e do PT, Mendes deveria ter tornado pública imediatamente a suposta pressão feita em 26 de abril, no encontro que teve com o ex-presidente no escritório de Nelson Jobim, ex-presidente do STF e ex-ministro dos governos FHC, Lula e Dilma. Poderia ter relatado tais fatos a todos os colegas do STF e pedido providências. Que prova Mendes tem de que Lula é o pai da "central de divulgação" que procura difamá-lo? Que prova possui do envolvimento do ex-delegado federal Paulo Lacerda? Fazer acusações duras com leviandade tira credibilidade de sua indignação. Produz um tremendo mal ao Supremo, pois leva o tribunal a uma polêmica próxima de briga de rua. Também fica mal na foto o presidente do STF, Carlos Ayres Britto, a quem Mendes teria feito um relato sobre a reunião com Lula e Jobim. Britto não poderia ter ficado calado diante do que ouviu. É preciso que o Supremo e seus ministros ajam com equilíbrio para não transformar o julgamento numa batalha política entre eles próprios. É mais do que legítimo e natural que PT e PSDB travem essa batalha, porque são partes do jogo político e ambos beberam na fonte do valerioduto, guardadas as devidas proporções. O caso petista é mais grave do que o tucano devido à amplitude do esquema. Lula é outro que está em maus lençóis. Sua reação pública tem sido comedida em relação à estridência das acusações de Mendes. Uma nota se dizendo indignado é pouco. Lula deveria falar publicamente, negando com veemência e propondo processo por calúnia e difamação contra Mendes. Como ex-presidente, Lula tem o direito de opinar com mais liberdade do que na época em que estava no Palácio do Planalto. No entanto, é o principal líder do PT. Aceitar as acusações de Mendes sem uma reação mais dura equivale a corroborar as afirmações de que atua para melar o mensalão, de que seria o articulador da "central de divulgação" e, mais grave, teria condicionado um adiamento do julgamento no STF a uma suposta blindagem na CPI do Cachoeira, sobre a qual tem, sim, influência. Na disputa política com o PSDB, não é incorreto, do seu ponto de vista, que o PT queira adiar o julgamento do mensalão para 2013. Está pintando um cronograma que fará este assunto ser analisado pelo Supremo no auge da campanha eleitoral. Obviamente, ganho político o PT não terá. Só a oposição, que, cumprindo seu papel, encontrou um tema para desgastar o petismo Para refrescar a memória, foi o próprio presidente do Supremo quem disse ver inconveniência em misturar o julgamento do mensalão com a reta final da campanha eleitoral. Ayres Britto afirmou isso em entrevistas ao assumir o comando do tribunal. Colegas seus divergiram. Outros concordaram. Pelos cargos que ocupam e que ocuparam, todos os personagens desse imbróglio deveriam agir com mais equilíbrio, moderação e, sobretudo, sem leviandade. * VAMOS COMBINAR Não existe risco de crise institucional. Não há ameaça à democracia no Brasil. Nossas instituições estão funcionando muito bem, obrigado. E a imprensa nunca foi tão livre, o que é ótimo. Kennedy Alencar escreve na Folha.com às sextas. Na rádio CBN, é titular da coluna "A Política Como Ela É", no "Jornal da CBN", às 8h55 de terças e quintas. Na RedeTV!, apresenta o "É Notícia", programa dominical de entrevista, e o "Tema Quente", atração diária com debate sobre assuntos

terça-feira, 29 de maio de 2012

A FORÇA DA IMAGEM DO PT

Por Marcos Coimbra * Ao contrário do que se costuma pensar, o sistema partidário brasileiro tem um enraizamento social expressivo. Ao considerar nossas instituições políticas, pode-se até dizer que ele é muito significativo. Em um país com democracia intermitente, baixo acesso à educação e onde a participação eleitoral é obrigatória, a proporção de cidadãos que se identificam com algum partido chega a ser surpreendente. Se há, portanto, uma coisa que chama a atenção no Brasil não é a ausência, mas a presença de vínculos partidários no eleitorado. Conforme mostram as pesquisas, metade dos eleitores tem algum vínculo. Seria possível imaginar que essa taxa é consequência de termos um amplo e variado multipartidarismo, com 29 legendas registradas. Com um cardápio tão vasto, qualquer um poderia encontrar ao menos um partido com o qual concordar. Mas não é o que acontece. Pois, se o sistema partidário é disperso, as identificações são concentradas. Na verdade, fortemente concentradas. O Vox Populi fez recentemente uma pesquisa de âmbito nacional sobre o tema. Deu o esperado: 48% dos entrevistados disseram simpatizar com algum partido. Mas 80% desses se restringiram a apenas três: PT (com 28% das respostas), PMDB (com 6%) e PSDB (com 5%). Olhado desse modo, o sistema é, portanto, bem menos heterogêneo, pois os restantes 26 partidos dividem os 20% que sobram. Temos a rigor apenas três partidos de expressão. Entre os três, um padrão semelhante. Sozinho, o PT representa quase 60% das identidades partidárias, o que faz com que todos os demais, incluindo os grandes, se apequenem perante ele. Em resumo, 50% dos eleitores brasileiros não têm partido; 30% são petistas e 20% simpatizam com algum outro – e a metade desses é peemedebista ou tucana. Do primeiro para o segundo, a relação é de quase cinco vezes. A proeminência do PT é ainda mais acentuada quando se pede ao entrevistado que diga se “simpatiza”, “antipatiza” ou se não tem um ou outro sentimento em relação ao partido. Entre “muita” e “alguma simpatia”, temos 51%. Outros 37% se dizem indiferentes. Ficam 11%, que antipatizam “alguma” coisa ou “muito” com ele. Essa simpatia está presente mesmo entre os que se identificam com os demais partidos. É simpática ao PT a metade dos que se sentem próximos ao PMDB, um terço dos que gostam do PSDB e metade dos que simpatizam com os outros. Se o partido é visto com bons olhos por proporções tão amplas, não espanta que seja avaliado positivamente pela maioria em diversos quesitos: 74% do total de entrevistados o consideram um partido “moderno” (ante 14% que o acham “ultrapassado”); 70% entendem que “tem compromisso com os pobres”(ante 14% que dizem que não); 66% afirmam que “busca atender ao interesse da maioria da população” (ante 15% que não acreditam nisso). Até em uma dimensão particularmente complicada seu desempenho é positivo: 56% dos entrevistados acham que “cumpre o que promete” (enquanto 23% dizem que não). Níveis de confiança como esses não são comuns em nosso sistema político. Ao comparar os resultados dessa pesquisa com outras, percebe-se que a imagem do PT apresenta uma leve tendência de melhora nos últimos anos. No mínimo, de estabilidade. Entre 2008 e 2012, por exemplo, a proporção dos que dizem que o partido tem atuação “positiva na política brasileira” foi de 57% a 66%. A avaliação de sua contribuição para o crescimento do País também se mantém elevada: em 2008, 63% dos entrevistados estavam de acordo com a frase “O PT ajuda o Brasil a crescer”, proporção que foi a 72% neste ano. O sucesso de Lula e o bom começo de Dilma Rousseff são uma parte importante da explicação para esses números. Mas não seria correto interpretá-los como fruto exclusivo da atuação de ambos. Nas suas três décadas de existência, o PT desenvolveu algo que inexistia em nossa cultura política e se diferenciou dos demais partidos da atualidade: formou laços sólidos com uma ampla parcela do eleitorado. O petismo tornou-se um fenômeno de massa. Há, é certo, quem não goste dele – os 11% que antipatizam, entre os quais os 5% que desgostam muito. Mas não mudam o quadro. Ao se considerar tudo que aconteceu ao partido e ao se levar em conta o tratamento sistematicamente negativo que recebe da chamada “grande imprensa”- demonstrado em pesquisas acadêmicas realizadas por instituições respeitadas – é um saldo muito bom. É com essa imagem e a forte aprovação de suas principais lideranças que o PT se prepara para enfrentar os difíceis dias em que o coro da indústria de comunicação usará o julgamento do mensalão para desgastá-lo. Conseguirá? * Marcos Coimbra, sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi

terça-feira, 22 de maio de 2012

COFITEC LIBERADA PARA LAVAGEM DE LÃ

Depois de mais de um ano paralisada a Cooperativa da Fiação e Tecelagem-COFITEC_ volta a operar nos primeiros dias do próximo mês de junho. A Fundação Estadual de Proteção Ambiental-Fepam- liberou a empresa para proceder a lavagem da lã,depois de várias articulações politicas desencadeadas pelo mandato do então vereador Dagberto Reis, que no periodo em que esteve na Câmara muito se empenhou para a reativação da cooperativa,envolvendo nesta luta lideranças petistas como Glauber Lima, que quando esteve no governo do Estado, participou de todas as negociações que culminaram na construção da estação de tratamento de efluentes, o que habilita a COFITEC a voltar a trabalhar. Da mesma forma também estiveram envolvidos nesta articulação a assessora especial do governador Tarso Genro, Emilia Fernandes, Carlinhos Fernandes e Carlos Henkin, da Secretaria de Planejamento do Estado. A equipe de tecnicos da Secretaria Municipal de Planejamento, Ana Yebra, Gonzalo e Miguel, juntamente com os parceiros da COFITEC, empresas para as quais a cooperativa santanense presta serviços também foram decisivos para esta retomada. Para Dagberto esta soma de esforços coletivos construiu os caminhos para que a empresa fosse recuperada, mas nada disso seria possivel não fosse a garra dos 30 funcionários que não esmoreceram e lutaram pela volta da COFITEC, liderados pela presidente Vera. Inicialmente a COFITEC devera gerar 50 empregos, mais 20 pessoas serão contratadas, além de atender mais de uma centena de artesãos em Livramento, que dependem da lavagem da lã para poderem comercializar os seus produtos.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

CRIMES COMETIDOS COM PERFIS FALSOS PODERÃO RENDER ATÉ DOIS ANOS DE PRISÃO

Da Redação Usuários da internet que usarem perfis falsos em redes sociais ou contas de e-mail, por exemplo, poderão ser enquadrados como crimes de informática passível de seis meses a dois anos de pena de prisão. A pena integra o elenco de propostas de aperfeiçoamento do Código de Processo Penal, sob a análise de juristas nomeados pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O resultado desse trabalho será encaminhado para a análise dos parlamentares na forma de um anteprojeto de lei ainda neste semestre. A proposta, aprovada em reunião da comissão de juristas, nesta segunda-feira (21), prevê o aumento de um terço da pena se, pela internet, o perfil falso causar prejuízos a terceiros. O relator da comissão, procurador Luiz Carlos Gonçalves, acrescentou que os hackers, especialistas em informática capazes de modificar programas e redes de computadores, merecerão um capítulo à parte no anteprojeto. Recentemente, a atriz Carolina Dieckmann teve fotos íntimas veiculadas em páginas da internet. Casos como esse terão pena de dois anos de prisão acrescido em um terço pela utilização da rede mundial de computadores. Os juristas ainda analisam a penalização de crimes mais graves, como o acesso indevido de dados comerciais protegidos. Os juristas também aumentaram penas para qualquer pessoa que, de posse de informações de processos judiciais que correm em segredo de Justiça, sejam divulgados à imprensa. A quebra do segredo de Justiça – como sigilos fiscal, telefônico e bancário – pode passar de dois a quatro anos de prisão para dois a cinco anos de prisão. “O foco da criminalização não é o trabalho da imprensa que noticia um fato que chegou ao conhecimento dela. O regime constitucional de liberdade de imprensa, de proteção do sigilo da fonte, nos impediria de agir de forma diversa”, disse o relator da comissão de juristas. Luiz Carlos Gonçalves ressaltou que esse tipo de crime já está previsto na Lei de Interceptação, mas a ideia é tipificá-lo no Código Penal. Pelo que foi aprovado hoje, caso os dados vazados sejam veiculados em meios de comunicação, a pena de dois a cinco anos será aumentada em um terço. Outro tema apreciado na reunião foi a corrupção no setor privado. O procurador Luiz Carlos Gonçalves disse que a lei atual prevê o crime nesse setor somente quando existe o envolvimento de funcionário público. A proposta é tipificar, por exemplo, o funcionário do setor de compras de uma empresa privada que recebe vantagem indevida para beneficiar determinado fornecedor. “Estamos adequando nossa legislação ao parâmetro internacional de corrupção privada”, observou o relator da comissão de juristas. Com informações da Agência Brasil Da Redação Usuários da internet que usarem perfis falsos em redes sociais ou contas de e-mail, por exemplo, poderão ser enquadrados como crimes de informática passível de seis meses a dois anos de pena de prisão. A pena integra o elenco de propostas de aperfeiçoamento do Código de Processo Penal, sob a análise de juristas nomeados pelo presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP). O resultado desse trabalho será encaminhado para a análise dos parlamentares na forma de um anteprojeto de lei ainda neste semestre. A proposta, aprovada em reunião da comissão de juristas, nesta segunda-feira (21), prevê o aumento de um terço da pena se, pela internet, o perfil falso causar prejuízos a terceiros. O relator da comissão, procurador Luiz Carlos Gonçalves, acrescentou que os hackers, especialistas em informática capazes de modificar programas e redes de computadores, merecerão um capítulo à parte no anteprojeto. Recentemente, a atriz Carolina Dieckmann teve fotos íntimas veiculadas em páginas da internet. Casos como esse terão pena de dois anos de prisão acrescido em um terço pela utilização da rede mundial de computadores. Os juristas ainda analisam a penalização de crimes mais graves, como o acesso indevido de dados comerciais protegidos. Os juristas também aumentaram penas para qualquer pessoa que, de posse de informações de processos judiciais que correm em segredo de Justiça, sejam divulgados à imprensa. A quebra do segredo de Justiça – como sigilos fiscal, telefônico e bancário – pode passar de dois a quatro anos de prisão para dois a cinco anos de prisão. “O foco da criminalização não é o trabalho da imprensa que noticia um fato que chegou ao conhecimento dela. O regime constitucional de liberdade de imprensa, de proteção do sigilo da fonte, nos impediria de agir de forma diversa”, disse o relator da comissão de juristas. Luiz Carlos Gonçalves ressaltou que esse tipo de crime já está previsto na Lei de Interceptação, mas a ideia é tipificá-lo no Código Penal. Pelo que foi aprovado hoje, caso os dados vazados sejam veiculados em meios de comunicação, a pena de dois a cinco anos será aumentada em um terço. Outro tema apreciado na reunião foi a corrupção no setor privado. O procurador Luiz Carlos Gonçalves disse que a lei atual prevê o crime nesse setor somente quando existe o envolvimento de funcionário público. A proposta é tipificar, por exemplo, o funcionário do setor de compras de uma empresa privada que recebe vantagem indevida para beneficiar determinado fornecedor. “Estamos adequando nossa legislação ao parâmetro internacional de corrupção privada”, observou o relator da comissão de juristas. Com informações da Agência Brasil

quinta-feira, 10 de maio de 2012

NA HORA DA VERDADE

Aos amigos do blog e aos nossos milhares de ouvintes,informo que a partir deste sabado,12 de maio,não mais apresentarei o programa NA HORA DA VERDADE, na Radio Cultura AM, que vai ao ar aos sabados das 8h as 9h30min.Recebi o comunicado da direção da emissora que argumenta a falta de faturamento comercial para esta mudança.Criamos este programa no ano de 2006 com o intuito de interagir com os ouvintes,estimulando a cidadania e democratizando a comunicação.O debate dos principais assuntos discutidos durante a semana, acredito, cumpriu com o seu objetivo.Muito aprendi na produção e apresentação deste programa ao longo destes seis anos,ouvindo as pessoas na certeza de que a verdade sempre prevalecerá,mesmo que as vezes não venha a tona no tempo que esperamos.O formato do NA HORA DA VERDADE teve papel importante no processo de formação da opinião das pessoas, sem nenhuma presunção de querer ser um formador, mas um humilde moderador.O programa NA HORA DA VERDADE, que tivemos a felicidade de idealizar e comandar, juntamente com o companheiro Adair "Toco" Gomes, será apresentado por Paulo Coelho a quem eu desejo sucesso na sua condução.Continuarei de segunda a sexta-feira na apresentação do CORRESPONDENTE CULTURA das 7h35min as 9h30min.Obrigado a todos pela audiência e o carinho a nós dispensado neste período de produção e apresentação do mais "interativo dos interativos".Agradeço a todas e todos pelas sugestões de tema e mensagens enviadas que contribuiram para qualificar o NA HORA DA VERDADE.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

COMEÇAM AS OBRAS DO NOVO PARQUE EÓLICO

As obras do complexo eólico Livramento,entraram na etapa de obras civis. O consórcio construtor concluiu as escavações das bases dos aerogeradores de dois dos cinco parques que compõem o empreendimento. Nos próximos dias, serão iniciados os trabalhos de concretagem dessas bases, que sustentarão as torres de 87 metros de altura. As obras foram iniciadas pelos parques Cerro Chato IV (10 MW) e Cerro dos Trindade (8 MW), que comportarão nove aerogeradores. As bases têm 16 metros de diâmetro e levam cerca de 335 metros cúbicos de concreto e 23 toneladas de aço. O complexo, licitado no leilão de energia nova (A-3) de agosto de 2011, está sendo construído em parceria entre Eletrosul (49%), Fundo Rio Bravo Investimentos – FIP (41%) e Fundação Eletrosul de Previdência e Assistência Social – Elos (10%). O projeto terá 78 MW de capacidade instalada e a previsão de investimento é de R$ 272 milhões. Recentemente, a Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luiz Roessler (Fepam) emitiu as licenças de instalação de mais dois parques: Cerro Chato V (12 MW) e Cerro Chato VI (24 MW), o que permitirá o avanço das obras para essas áreas.