quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

TEMPO DE MATAR CAVALOS

Coluna de Juremir Machado da Silva, publicada hoje no Correio do Povo:



Meu avô era um sábio analfabeto. Certas coisas ele não compreendia: as mulheres que via na televisão bronzeando-se ao sol do meio-dia e homens cansando cavalos inutilmente. Antes de os cientistas darem o alerta ele já conhecia os perigos do sol para a pele dos humanos e para o fôlegos dos animais. Meu pai seguia a mesma lei: no verão, não se encilhava cavalo das 11 horas da manhã até quatro e meia da tarde. Salvo extrema necessidade. Por isso, levantavam muito cedo. As principais lides campeiras tinham de ser feitas antes de o sol ganhar o alto do céu. Andar a cavalo sem necessidade no calor era para eles coisa de gente da cidade. Pior do que isso, era algo condenável. Bárbaro.

As notícias de que dois cavalos morreram na tal cavalgada do mar horrorizariam meu avô e meu pai. Eles adoravam cavalos. Cuidavam deles com muito carinho. Veriam nessa exibição de cavaleiros urbanos, num dos verões mais quentes dos últimos tempos, um exibicionismo despropositado, uma falta de conhecimento escandalosa e uma maldade intolerável com os bichos. Para quê? Mais espantoso é o lema da brincadeira deste ano: “mulheres a cavalo pelo Rio Grande”. Um gaúcho verdadeiro, da campanha, diria com algum deboche: parem com isso, soltem os cavalos pelo Rio Grande. Com um solaço desses só há uma coisa a fazer: ficar mateando ou sesteando embaixo de um cinamomo. O resto é frescura de gente maturranga.

A secretária da Cultura, Mônica Leal, está contribuindo para maltratar cavalos na beira do mar. Ela é entusiasta desse tipo de ação cultural. Enquanto ela ajuda a estafar cavalos, sentindo-se uma nova Anita, a cultura do Rio Grande do Sul estrebucha. A sala de cinema Norberto Lubisco foi fechada. Tem cinema no shopping. Voltaire Schilling, um dos nossos intelectuais mais brilhantes e tradicionais, foi demitido da direção do Memorial do Rio Grande do Sul. Parece que ele não tinha o que conversar com a chefe. Afinal, não é de andar a cavalo na praia com sol quente. A casa está caindo, os cavalos morrendo, o circo pegando fogo. Mas a secretária Mônica Leal está firme na montaria. Sempre. Ela é dura na queda. Corresponde a todos os clichês imagináveis.

Agora, entre nós, há sem dúvida um ponto obscuro, um elemento que exige investigação séria: por que mesmo Mônica Leal tornou-se secretária da Cultura? É um tempo estranho este. Quando não há mais necessidade alguma de movimento, todos querem se deslocar. Especialmente pelos meios mais anacrônicos. Pode haver algo mais excitante do que permanecer no lombo de um cavalo, com o sol a pino, até o bicho morrer? Tudo isso em nome da tradição! Os franceses do século XVIII usavam perucas empoadas. O Ministério da Cultura da França devia lutar pela recuperação dessa tradição eliminada pela modernidade. Vou comprar um cavalo para matar na próxima cavalgada.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O DISCURSO DA FUTURA PRESIDENTA


Na integra , para os leitores do blog, o discurso da futura presidente do Brasil Dilma Rousseff, durante o COngresso do PT.

Queridas companheiras, Queridos companheiros

Para quem teve a vida sempre marcada pelo sonho e pela esperança de mudar o Brasil, este é para mim um dia extraordinário.

Meu partido -- o Partido dos Trabalhadores -- me confere a honrosa tarefa de dar continuidade à magnífica obra de um grande brasileiro.

A obra de um líder -- meu líder -- de quem muito eu tenho orgulho: o presidente Lula, o Lula.

Jamais pensei que a vida me reservasse tamanho desafio. Mas me sinto absolutamente preparada para enfrentá-lo - com humildade, com serenidade e com confiança.

Neste momento, ouço a voz da minha Minas Gerais, terra de minha infância e de minha juventude. Dessa Minas que me deu o sentimento de que vale a pena lutar, sim, pela liberdade e contra a injustiça. Ouço os versos de Drummond:

"Teus ombros suportam o mundo/
E ele não pesa mais do que a mão de uma criança"

Até hoje eu sinto o peso suave da mão de minha filha, quando nasceu.

Que força naquele momento ela me deu. Quanta vida ela me transmitiu. Quanta fé na humanidade me passou. Eram, naquela época, tempos difíceis.

Ferida no corpo e na alma, fui acolhida e adotada pelos gaúchos --- pelos gaúchos generosos, solidários, insubmissos, como são os gaúchos.

Naqueles anos de chumbo, onde a tirania parecia eterna, encontrei nos versos de outro poeta -- Mário Quintana -- a força necessária para seguir em frente. Mário Quintana disse:

"Todos estes que aí estão/
Atravancando o meu caminho,/
Eles passarão.
Eu passarinho."

Eles passaram e nós hoje voamos livremente.

Voamos porque nascemos para ser livres.

Sem ódio, sem revanchismo e com serena convicção afirmo que nunca mais viveremos numa gaiola, numa jaula ou numa prisão.

Hoje estamos construindo um novo país na democracia. Um país que se reencontrou consigo mesmo. Onde todos, todos, mas todos mesmo, expressam livremente suas opiniões e suas idéias.

Mas um país que não tolera mais a injustiça social. Que descobriu que só será grande e forte se for de todos.

Vejo nesta manhã -- já quase tarde -- nos jovens que nos acompanham e nos mais velhos que aqui estão -- um extraordinário encontro de gerações. De gerações que, como a minha, levaram nosso compromisso do país e com o país às últimas consequências.

Amadureci. Amadurecemos nós todos.

Amadureci na vida. No estudo. No trabalho duro. Nas responsabilidades de governo no Rio Grande do Sul e, sobretudo, aqui no governo do Brasil.

Mas esse amadurecimento não se confunde com perda de convicções.

Não perdemos a indignação frente à desigualdade social, à privação de liberdade, às tentativas de submeter nosso país.

Não sucumbimos aos modismos ideológicos. Persistimos em nossas convicções, buscando, a partir delas, construir alternativas concretas e realistas.

Continuamos movidos a sonhos. Acreditando na força do povo brasileiro, em sua capacidade de construir um mundo melhor.

A história recente mostrou que estávamos certos.

Tivemos um grande mestre -- o Presidente Lula nos ensinou o caminho.

Em um país, com a complexidade e as desigualdades do Brasil, ele foi capaz de nos conduzir pelo caminho de profundas transformações sociais em um clima de paz, de respeito e fortalecimento da democracia.

Não admitimos, portanto, que alguém queira nos dar lições de liberdade. Menos ainda aqueles que não tiveram e não têm compromisso com ela.

Companheiras, Companheiros

Recebo com humildade a missão que vocês estão me conferindo. Com humildade, mas com coragem e determinação. Coragem e determinação que vêm do apoio que recebo de meu partido e de seu primeiro militante mais ilustre -- o Presidente Lula.

Do apoio que espero ter dos partidos aliados que, com lealdade e competência, também são responsáveis pelos êxitos do nosso Governo. Com eles quero continuar nossa caminhada. Participo de um governo de coalizão. Quero formar um Governo de coalizão.

Estou consciente da extraordinária força que conduziu Lula à Presidência e que deu a nosso Governo o maior respaldo da história de nosso país --a força do povo brasileiro. Esta é a força que nos conduziu até aqui e que nos mantém.

A missão que me confiam não é só de um partido ou de um grupo de partidos.

Recebo-a como um mandato dos trabalhadores e de seus sindicatos.

Dos movimentos sociais.

Dos que labutam em nossos campos.

Dos profissionais liberais.

Dos intelectuais.

Dos servidores públicos.

Dos empresários comprometidos com o desenvolvimento econômico e social do país.

Dos negros. Dos índios. Dos jovens.

De todos aqueles que sofrem ainda distintas formas de discriminação.

Enfim, das mulheres.

Para muitos, elas são "metade do céu". Mas queremos mesmo é metade da terra também. Com igualdade de direitos, salários e oportunidades.

E como disse o presidente Lula, não há limite para nós mulheres. É esse, inclusive, um dos preceitos da primeira vez nós termos uma candidata mulher.

Quero com vocês -- mulheres do meu país -- abrir novos espaços na vida nacional.

É com este Brasil que quero caminhar. É com ele que vamos discutir e seguir, avançando com segurança, mas com a rapidez que nossa realidade social exige sistematicamente de nós.

Nessa caminhada encontraremos milhões de brasileiros que passaram a ter comida em suas mesas e hoje fazem três refeições por dia.

Milhões que mostrarão suas carteiras de trabalho, pois têm agora emprego e melhor renda.

Milhões de homens e mulheres com seus arados e tratores cultivando a terra que lhes pertence e de onde nunca mais serão expulsos.

Milhões que nos mostrarão suas casas dignas e os refrigeradores, fogões, televisores ou computadores que puderam comprar.

Outros milhões acenderão as luzes de suas modestas casas, onde reinava a escuridão ou predominavam os candeeiros. E estes milhões de pontos luminosos pelo Brasil afora serão como uma trilha incandescente que mostra um novo caminho.

Nessa caminhada, veremos milhões de jovens mostrando seus diplomas de universidades ou de escolas técnicas com a convicção de quem abriu uma porta para o futuro, para o seu futuro.

Milhões -- mas muitos milhões mesmo -- expressarão seu orgulho de viver em um país livre, justo e, sobretudo, respeitado em todo o mundo.

Muitos me perguntam por que o Brasil avançou tanto nos últimos anos. Digo que foi porque soubemos construir novos caminhos, e ter a vontade política de um grande líder, como o presidente Lula com a sua vontade de fazer trilhar, derrubando velhos dogmas que funcionavam como barreiras nos caminhos do Brasil.

O primeiro caminho é o do crescimento com distribuição de renda -- o verdadeiro desenvolvimento. Provamos que distribuindo renda é que se cresce. E se cresce de forma mais rápida e sustentável.

Essa distribuição de renda permitiu construir um grande mercado de bens de consumo de massa, de consumo popular. Ele nos protegeu dos efeitos da crise mundial. O nosso consumo, o consumo do povo brasileiro sustentou o país diante do medo que se abateu sobre o sistema financeiro internacional e privado nacional.

Criamos 12 milhões de empregos formais. A renda dos trabalhadores aumentou. O salário mínimo real cresceu como nunca. Expandimos o crédito para o conjunto da sociedade. Estamos construindo um Brasil para todos. Não o Brasil para uma minoria, como fizemos sistematicamente desde os tempos da escravidão.

O segundo caminho foi o do equilíbrio macro-econômico e da redução da vulnerabilidade externa.

Eliminamos as ameaças de volta da inflação. Reduzimos a dívida em relação ao Produto Interno Bruto.

Aumentamos nossas reservas de 38 bilhões de dólares para mais de 241 bilhões. Multiplicamos por três nosso comércio exterior, praticando uma política externa soberana, que buscou diversificar mercados.

Deixamos de ser devedores internacionais e passamos à condição de credores. Hoje não pedimos dinheiro emprestado ao FMI. É o Fundo que pede dinheiro a nós.

Grande ironia é essa: os mesmos 14 bilhões de dólares que foram sacados do empréstimo, que antes o FMI nos emprestava, agora somos nós que emprestamos ao FMI.

E isso faz a diferença no que se refere à nossa postura soberana.

O terceiro caminho foi o da redução das desigualdades regionais. Invertemos nos últimos anos o que parecia uma maldição insuperável. Quando o país crescia, concentrava riqueza nos estados e regiões mais prósperos. Quando estagnava, eram os estados e regiões mais pobres que pagavam a conta.

Governantes e setores das elites viam o Norte e o Nordeste como regiões irremediavelmente condenadas ao atraso.

A vastos setores da população não restavam outras alternativas que a de afundar na miséria ou migrar para o sul em busca de oportunidades. É o que explica o inchaço das nossas grandes cidades e das médias também.

Essa situação está mudando por decisão do governo do presidente Lula que focou nessas questões, num grande conjunto de sua política de desenvolvimento.

O Governo Federal começou um processo consistente de combate às desigualdades regionais. Passou a ter confiança na capacidade do povo das regiões mais pobres. O Norte e o Nordeste receberam investimentos públicos e privados. O crescimento dessas duas regiões passou a ser sensivelmente superior ao do Brasil como um todo no período da crise.

Nós vamos aprofundar esse caminho e esse compromisso de acabar com esse desequilíbrio. O Brasil não mais será visto como um trem em que uma única locomotiva puxa todos vagões, como nos tempos da "Maria Fumaça". O Brasil de hoje é como alguns dos modernos trens de alta velocidade, onde vários vagões são como locomotivas e contribuem para que o comboio avance, se desenvolva e cresça. Nós queremos 27 locomotivas puxando o trem do Brasil.

O quarto caminho que trilhamos e continuaremos a trilhar é o da reorganização do Estado.

Alguns ideólogos chegavam a dizer que quase tudo seria resolvido pelo mercado. O resultado foi desastroso para muitos países.

Aqui, no Brasil, o desastre só não foi maior -- como em outros países -- porque os brasileiros resistiram a esse desmonte e conseguiram impedir a privatização parcial e integral da Petrobrás, do Banco do Brasil, da Caixa Econômica ou de FURNAS.

Alguns falam todos os dias de "inchaço da máquina estatal". Omitem, no entanto, que estamos contratando basicamente médicos e profissionais de saúde, professores e pessoal na área da educação, diplomatas, policiais federais e servidores para as áreas de segurança, controle e fiscalização.

Escondem, também, que a recomposição do corpo de servidores do Estado está se fazendo por meio de concursos públicos.

Vamos continuar valorizando o servidor e o serviço público. Reconstituindo o Estado. Recompondo sua capacidade de planejar, gerir e induzir o desenvolvimento do país.

É muito bom lembrar que diante da crise, quando o crédito secou, não sacrificamos os investimentos públicos e privados. Ao contrário, utilizamos nossos bancos para impulsionar o desenvolvimento e a garantia de emprego no País. Por isso, quando em muitos países, o emprego caia, em 2009, aqui, nós conseguimos criar quase um milhão de empregos.

Na verdade, quando a crise mundial apenas começava, Lula disse em seu discurso na ONU em 2008:

É chegada a hora da política!

Nada mais apropriado do que essa frase. A maior prova nós demos ao mundo: o Brasil só pôde enfrentar com sucesso a crise porque tivemos políticas públicas adequadas. Soubemos articular corretamente Estado e mercado, porque colocamos o interesse público no centro de nossas preocupações.

O quinto caminho foi o de nossa presença soberana no mundo.

O Brasil não mais se curva diante dos poderosos. Sem bravatas e sem submissão, o país hoje defende seus interesses e, como diz minha mãe, se dá ao respeito. É solidário com as nações pobres e em desenvolvimento. Tem uma especial relação com a América do Sul, com a América Latina e com a África. Estreita os laços Sul-Sul, sem abandonar suas relações com os países desenvolvidos. Busca mudar instituições multilaterais obsoletas, que impedem a democratização econômica e política do mundo.

Essa presença global, e o corajoso enfrentamento de nossos problemas domésticos em um marco democrático, explicam o respeito internacional que hoje gozamos.

O sexto caminho para onde convergem todos os demais foi o do aperfeiçoamento democrático.

No passado, tivemos momentos de grande crescimento econômico. Mas faltou democracia. E nós sabemos como faltou!

Em outros momentos tivemos democracia política, mas faltou democracia econômica e social. E sabemos muito bem que quando falta democracia econômica e social, é a democracia como um todo que começa a ficar ameaçada. O país fica à mercê das soluções de força ou de aventureiros.

Hoje nós estamos crescendo e distribuindo renda, com equilíbrio macro-econômico, com expansão da democracia, com forte participação social na definição das políticas públicas e com respeito aos Direitos Humanos.

Quem duvidar do vigor da nossa democracia que leia, que escute ou que veja o que dizem os jornais livremente, o que dizem nos jornais livremente as vozes oposicionistas. Mas isso não nos perturba. Preferimos as vozes dessas oposições -- ainda quando mentirosas, injustas e caluniosas -- ao silêncio das ditaduras.

Como disse o Presidente Lula, a democracia não é a consolidação do silêncio, mas a manifestação de múltiplas vozes defendendo seus direitos e interesses. Nela, vai desaparecendo o espaço para que velhos coronéis e os velhos senhores tutelem o povo. Este passa a pensar com sua cabeça e a se constituir uma nova e verdadeira opinião pública.

As instituições funcionam no país. Os poderes são independentes. A Federação é respeitada. Diferentemente de outros períodos de nossa história, o Presidente relacionou-se de forma republicana com governadores e prefeitos, não fazendo qualquer tipo de discriminação em função de suas filiações partidárias.

Não praticamos nenhum casuísmo. Basta ver a reação firme e categórica do Presidente Lula ao frustrar as tentativas de mudar a Constituição para que pudesse disputar um terceiro mandato. Não mudamos -- como se fez no passado -- as regras do jogo no meio da partida.

Como todos podem ver, temos um extraordinário alicerce e uma herança bendita sobre a qual construir o terceiro Governo Democrático e Popular. Temos rumo, experiência e impulso para seguir o caminho iniciado por Lula. Não haverá retrocesso, nem aventuras. Mas podemos avançar muito mais. E muito mais rapidamente.

Queridas companheiras, queridos companheiros.

Não é meu propósito apresentar aqui um Programa de Governo.

Este Congresso aprovou as Diretrizes para um programa que será submetido ao debate com os partidos aliados e com a sociedade.

Hoje quero assumir alguns compromissos como pré-candidata, para estimular nossa reflexão e indicar como pretendemos continuar este processo iniciado há sete anos.

Vamos manter e aprofundar aquilo que é marca do Governo Lula -- seu olhar social, seu compromisso social. Queremos um Brasil para todos. Nos aspectos econômicos e em suas projeções sociais, mas também um Brasil sem discriminações, sem constrangimentos. Ampliaremos e aperfeiçoaremos os programas sociais do Governo Lula, como o Bolsa Família, e implantaremos novos programas com o propósito de erradicar a miséria na década que se inicia.

Vamos dar prioridade à qualidade da educação, essencial para construir o grande país que almejamos, fundado no conhecimento e na justiça social. Mas a educação será, sobretudo, um meio de emancipação política e cultural do nosso povo. Uma forma de pleno acesso à cidadania. Daremos seguimento à transformação educacional em curso -- da creche ao pós-graduação.

Os jovens serão os primeiros beneficiários da era de prosperidade que começamos a construir no primeiro governo do presidente Lula, que continuamos no segundo e que continuaremos. Nosso objetivo estratégico é oferecer a eles a oportunidade de começar a vida com segurança, liberdade, trabalho e realização pessoal.

No Brasil temos hoje 50 milhões de jovens, entre os 15 e os 29 anos de idade. Mais de um quarto da nossa população. É para eles que estamos construindo um Brasil melhor. Eles têm direito a um futuro melhor.

O Brasil precisa muito da juventude. De profissionais qualificados. De mulheres e homens bem formados.

Isto se faz com escolas que propiciem boa formação teórica e técnica, com professores contratados, concursados, bem treinados e bem remunerados. Isso não é inchaço da máquina, é imprescindível para todos. Com bolsas de estudo e apoio para que os alunos não sejam obrigados a abandonar a escola. Com banda larga gratuita para todos, computadores para os professores, salas de aula informatizadas para os estudantes. Com acesso a estágios, cursos de especialização e ajuda para entrar no mercado de trabalho.

Serão esses jovens bem formados e preparados que vão nos conduzir à sociedade do conhecimento nas próximas décadas.

Protegeremos as crianças e os mais jovens da violência, do assédio das drogas, da imposição do trabalho em detrimento da formação escolar e acadêmica.

As crianças e os mais jovens devem ser, sim, protegidos pelo Estado, desde a infância, para que possam se realizar, em sua plenitude, como brasileiros.

Companheiros e companheiras,

Um País se mede pelo grau de proteção que dá a suas crianças. São elas a essência do nosso futuro. E é na infância que a desigualdade social cobra seu preço mais alto. Crianças desassistidas do nascimento aos cinco anos serão jovens e adultos prejudicados nas suas aptidões e oportunidades. Cuidar delas adequadamente é combater a desigualdade social na raiz.

Vamos ampliar e disseminar por todo o Brasil a rede de creches, pré-escolas e escolas infantis. Um tipo de creche onde a criança tem acesso à socialização pedagógica, aos bens culturais e aos cuidados de nutrição e saúde indispensáveis ao seu pleno desenvolvimento. E o governo federal vem fazendo isso. E é isso é o que está previsto no PAC 2.

Vamos resolver os problemas da saúde, pois temos um incomparável modelo institucional -- o SUS. Com mais recursos e melhor gestão vamos aprimorar a eficácia do sistema. Vamos reforçar as redes de atenção à saúde e unificar as ações entre os níveis de governo. Darei importância às Unidades de Pronto Atendimento, as UPAs --pretendemos chegar até 2010, até o fim do governo do presidente Lula, a 500 UPAs. Daremos prioridade também ao SAMU, aos hospitais públicos e conveniados, aos programas Saúde da Família, Brasil Sorridente, que o presidente Lula tanto se empenha para implantar, e Farmácia Popular.

Vamos cuidar das cidades brasileiras. Colocar todo o empenho do Governo Federal, junto com estados e municípios, para promover uma profunda reforma urbana, que beneficie prioritariamente as camadas mais desprotegidas.

Vamos melhorar a habitação e vamos perseguir a universalização do saneamento. Implantar transporte seguro, barato e eficiente. Tudo isso está previsto no chamado PAC 2.

Vamos reforçar, também, os programas de segurança pública.

A conclusão do PAC 1 e a implementação do PAC 2, junto com a continuidade do programa Minha Casa, Minha Vida serão decisivos para realizar esse compromisso. Serão decisivos para melhorar as condições de vida dos brasileiros. Naquilo que é talvez uma das maiores chagas da história do Brasil, que é o fato de uma parte da população ter sido obrigada a morar em favelas, em áreas de riscos, como beiras de córregos e, quando caem as grandes chuvas, são eles os mais afetados e os que mais sofrem conseqüências dramáticas, incluindo a morte.

Vamos fortalecer a proteção de nosso meio ambiente. Continuaremos reduzindo o desmatamento e impulsionando a matriz energética mais limpa do mundo. Vamos manter a vanguarda na produção de biocombustíveis e desenvolver nosso potencial hidrelétrico. Desenvolver sem agredir o meio ambiente, com usinas a fio d'água e utilizando o modelo de usinas-plataforma. Aprofundaremos nosso zoneamento agro-ecológico. Nossas iniciativas explicam a liderança que alcançamos na Conferência sobre a Mudança do Clima, em Copenhague. As metas voluntárias de Copenhague, assumidas pelo Brasil, serão cumpridas, haja ou não acordo internacional. Este é o nosso compromisso haja, ou não, acordo internacional. Esse é o compromisso do presidente Lula e o meu compromisso.

Vamos aprofundar os avanços já alcançados em nossa política industrial e agrícola, com ênfase na inovação, no aperfeiçoamento dos mecanismos de crédito, aumentando nossa produtividade.

Agregar valor a nossas riquezas naturais é fundamental numa política de geração de empregos no País. Tudo que puder ser produzido no Brasil deve ser -- e será -- produzido no Brasil. Sondas, plataformas, navios e equipamentos aqui produzidos, para a exploração soberana do Pré-sal. Essa decisão vai gerar emprego e renda para os brasileiros. Emprego e renda que virão também da produção em indústrias brasileiras de fertilizantes, combustíveis e petroquímicos derivados do óleo bruto. Assim, com este modelo soberano e nacional, a exploração do Pré-sal dará diversidade e sofisticação à nossa indústria.

Os recursos do Pré-sal, aplicados no Fundo Social, sustentarão um grande avanço em nossa educação e na pesquisa científica e tecnológica. Recursos que também serão destinados para o combate à pobreza, para a defesa do meio ambiente e para a nossa cultura.

Vamos continuar mostrando ao mundo que é possível compatibilizar o desenvolvimento da agricultura familiar e do agronegócio. Assegurar crédito, assistência técnica e mercado aos pequenos produtores e, ao mesmo tempo, apoiar os grandes produtores, que contribuem decisivamente para o superávit comercial brasileiro.

Todas as nossas ações de governo têm, sem sombra de dúvida, uma premissa: a preservação da estabilidade macro-econômica.

Vamos manter o equilíbrio fiscal, o controle da inflação e a política de câmbio flutuante.

Vamos seguir dando transparência aos gastos públicos e aperfeiçoando seus mecanismos de controle.

Vamos combater a corrupção, utilizando todos os mecanismos institucionais, como fizemos até agora.

Vamos concretizar, junto com o Congresso, as reformas institucionais que não puderam ser completadas ou foram apenas parcialmente implantadas, como a reforma política e a tributária.

Uma coisa é estratégica. Vamos aprofundar nossa postura soberana no complexo mundo de hoje. É como diz o presidente Lula: "Quem não se respeita, não pode ser respeitado". Seremos intransigentes na defesa da paz mundial e de uma ordem econômica e política mais justa.

Enfim, vamos governar para todos. Com diálogo, tolerância e combatendo as desigualdades sociais e regionais.

Companheiras e companheiros,

Faremos na nossa campanha um debate de idéias, com civilidade e respeito à inteligência política dos brasileiros e das brasileiras. Um debate voltado para o futuro.

Nós somos aqueles que temos o que apresentar.

Recebo essa missão especialmente como um mandato das mulheres brasileiras, como mais uma etapa no avanço de nossa participação política e como mais uma vitória contra a discriminação secular que nos foi imposta. Gostaria de repetir: quero com vocês, mulheres do meu País, abrir novos espaços na vida nacional.

Queridas amigas e amigos

No limiar de uma nova etapa de minha vida, quando sou chamada a tamanha responsabilidade, penso em todos aqueles que fizeram e fazem parte de minha trajetória pessoal.

Em meus queridos pais.

Em minha filha, meu genro e em meu futuro neto ou neta.

Nos tantos amigos que fiz.

Nos companheiros com quem dividi minha vida.

Mas não posso deixar de ter uma lembrança especial para aqueles que não mais estão conosco. Para aqueles que caíram pelos nossos ideais. Eles fazem parte de minha história.

Mais que isso: eles são parte da história do Brasil.

Quero recordar três companheiros que se foram na flor da idade.

Carlos Alberto Soares de Freitas.

Beto, você ia adorar estar aqui conosco.

Maria Auxiliadora Lara Barcelos

Dodora, você está aqui no meu coração. Mas também aqui com cada um de nós.

Iara Yavelberg.

Iara, que falta fazem guerreiras como você.

O exemplo deles me dá força para assumir esse imenso compromisso.

A mesma força que vem de meus companheiros de partido, sobretudo daquele que é nosso primeiro companheiro -- o presidente Lula.

Este ato de proclamação de minha candidatura tem uma significação que transcende seu aspecto eleitoral.

Estamos hoje concluindo o Quarto Congresso do Partido dos Trabalhadores.

Mais do que isso: estamos celebrando os Trinta Anos do PT.

Trinta anos desta nova estrela que veio ocupar lugar fundamental no céu da política brasileira.

Em um período histórico relativamente curto mudamos a cara de nosso sofrido e querido Brasil.

O PT cumpriu essa tarefa porque não se afastou de seus compromissos originais. Soube evoluir. Mudou, quando foi preciso.

Mas não mudou de lado.

Até chegar à Presidência do país, o PT dirigiu cidades e estados, gerando práticas inovadoras políticas, econômicas e sociais que o mundo observa, admira e muitas vezes reproduz. Fizemos isso, preservando e fortalecendo a democracia.

Mas, a principal inovação que o PT trouxe para a política brasileira foi colocar o povo -- seus interesses, aspirações e esperanças -- no centro de suas ações.

Olhando para este magnífico plenário o que vejo é a cara negra, branca, índia e mestiça do povo brasileiro.

Esta é a cara do meu partido.

O rosto daqueles e daquelas que acrescentam à sua jornada de trabalho, uma segunda jornada -- ou terceira, no caso das mulheres: a jornada da militância.

Quero dizer a todos vocês que tenho um enorme orgulho de ser petista. De militar no mesmo partido de vocês. De compartilhar com Lula essa militância.

Companheiros e companheiras,

Estou aceitando a honrosa missão que vocês me delegam com tranquilidade e determinação.

Sei que não estou sozinha.

A tarefa de continuar mudando o Brasil é uma tarefa de milhões. Somos milhões.

Vamos todos juntos, até a vitória.

Viva o povo brasileiro!"


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quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

MAIS UMA MULHER É MORTA

Livramento segue sua rotina de crimes contra a mulher. Mais uma mulher foi morta na cidade em que guardadas as proporções mais se matam mulheres no Rio Grande do Sul. O governo Yeda Crusius não tem uma politica de segurança para todos os segmentos da sociedade e embora tenha conhecimento da situação de Livramento onde dezenas de mulheres foram mortas nos ultimos anos, pouco ou nada faz, para diminuir esta incidência.O municipio chegou a contar com uma Delegacia da Mulher,criada no governo Olivio Dutra e extinta no governo Rigotto.É chocante, mas real, mais uma mulher é morta em Livramento. Para a grande maioria apenas mais um dado estatistico.No texto do companheiro Jango Medeiros o relato da morte de Alice. Até quando?

O corpo de uma mulher de 36 anos, aparentado sinais de violência, foi localizado na tarde desta quarta-feira por familiares da vítima em sua casa na Rua Hector Acosta 527, em Livramento. Um irmão e os filhos da dona-de-casa, identificada como Alice Leonarda Capilla Lemos estranharam que ela não havia acordado e por volta das 16h resolveram arrombar a porta da casa.Logo se depararam com o corpo de Alice no quarto, estendido sobre a cama.Haviam manchas de sangue no piso do quarto.Alice estava com um ferimento na orelha. Uma equipe de investigações da Polícia Civil esteve no local e acionou o IGP para realização do levantamento pericial. A suspeita é de que antes de ser morta, a mulher foi violentada. A chave da luz do contador de energia da residência estava desligada. O crime teria acontecido entre a noite e a madrugada de terça-feira.

VENENOS E SUJEIRA

Estamos sendo envenenados todos os dias. Cresce a a quantidade de doenças como o terrível câncer, que mata pessoas em número cada vez maior. Além disso, sobre nossas cabeças cai chuva contaminada por substâncias tóxicas, que envenena nosso solo, o lençol freático, os rios, lagos causando uma cadeia infernal de morte e alterações genéticas. Na sofra de 2008/2009 a agricultura espalhou 700 milhões de litros de venenos, em 50 milhôes de hectares, ou seja, 14 litros de veneno por hectare. Estes dados terríveis foram dados pela REBI - Rede Brasileira de Informação Ambiental, dia 15 de fevereiro deste ano. Esses dados, colocam o Brasil como o maior consumidor de venenos do mundo. Os que praticam essa agricultura tem muito que explicar e, certamente, é por isso que a agricultura orgânica é a que pode alimentar o mundo e salvar a Terra da fome. Por outro lado, está derrubada a conversa de que os transgênicos diminuiriam o uso dos agrotóxicos (venenos).
Não é só esse tipo de envenenamento que temos. Tem o envenenamento daqueles que usando cargos públicos produzem, aplicam políticas de destruiçao. Administram para poucos, corrompem e enriquecm ilicitamente. Há os que de uma anoitecem na plebe e amanhecem no castelo. Pisoteiam na confiança do povo, na esperança, na solidariedade e afundam-se no mar do dinheiro fácil.

O mais insólito é ver que parte do povo, que Bertold Brecht chamou de analfabétos políticos, elege pessoas, que empossados tornam-se como se fossem enviados do inferno para produzir e ratificar o morticínio, a degradação. Tornam-se mandaletes da destruição. Estes, não só corrompem e são corrompidos, mas mentem, são hipócritas, se alinham a outros que transformam o conhecimento que receberam nas escolas, nas universidades, nos cursos que participam em armas de aniquilamento e de perpetuação da imundíce, do descalabro, do cinismo e da morte. Sujam tudo que tocam, não podem ver nascentes, córregos, cerros, vales e ar saudáveis, onde a vida existacom qualidade.

Na verdade, tais agentes políticos, parece que querem transformar o mundo em material putrefacto. Distribuem cargos e quando não tem criam, para manter outros presos na corrente da sujeira, para aumentar seu poder de morte. Assim, de quatro em quatro anos, vão distribuindo migalhas para gente empobrecida e, nessas horas mentem, vendem princípios, mistificam, se imaginam grandes, esbeltos na política e nos compromissos sociais, mas são pobres mandaletes-ventrílocos do capital, do poder econômico. Quando termina o tempo em que estiveram nos cargos, o que sobra é o solo destruído e biodiversidade empobrecida, desmantelada, além do aumento da diminuição das possíbilidades de vida dígna e esprançosa para as futuras gerações de seres vivos.





Juca Sampaio

Ambientalista

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

FREUD EXPLICA: FERNANDO HENRIQUE PRECISA DE AMIGOS

Gilson Caroni
Jornal do Brasil - 09/02/2010


Em seu texto Luto e Melancolia, Freud diz que manifestações melancólicas assumem várias formas clínicas, se caracterizando, entre outros sintomas, “por uma depressão profundamente dolorosa, uma suspensão do interesse pelo mundo externo, diminuição do sentimento de auto-estima e inibição de todas as atividades”. A identificação com o objeto perdido é inevitável e, na medida em que não consegue incorporação simbólica, o que sobra ao sujeito é a identificação com o vazio de um pai ausente.

Se a psicanálise sofre hoje contestações de diferentes ordens, as palavras do seu criador sobre o comportamento melancólico se encaixam como uma luva para o amontoado de sandices que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso escreveu e disse no último domingo, 7/2, tentando deter e repudiar a impopularidade que o persegue desde o segundo mandato.

Há alguns anos, Carlos Heitor Cony, em artigo na Folha de S.Paulo, não poupou palavras para melhor definir o “príncipe dos sociólogos”: “Diziam seus admiradores que FHC era uma cabeça, um intelectual, um produtor de coisas inteligentes. Sua exposição no cargo mais alto do país rebaixou-o à dimensão de um demagogo banal, incapaz de articular um argumento além do insulto aos que não acreditam nele e o acusam inclusive de improbidade”.

Isso é FHC. A exigência egóica de ser admirado o torna, paradoxalmente, um líder sem liderados. Um prócer a ser evitado em anos eleitorais. Para quem acredita que fez um grande favor ao mundo nascendo, sua irritabilidade é permanente e justificada. Afinal, deve ser duro para quem esteve no poder durante oito anos constatar que o resto do mundo político não reconhece sua importância.

Pior, o que ganha realce são os erros grosseiros de um dirigente que governou de acordo com os humores do capital financeiro.

Seu governo passou para a história como um modelo que acentuava a exclusão social e penalizava as classes de menor renda.

A estratégia de estabilização de preços baseada na captação de capital externo de curto prazo, através da sobrevalorização da moeda e da manutenção de elevadas taxas de juros, levou o país a níveis de desemprego sem precedentes, à desarticulação da estrutura produtiva e à deterioração do tecido social no campo e na cidade.

O mau desempenho do comércio brasileiro na época foi minuciosamente construído pela equipe de FHC que, realizando uma abertura irresponsável da economia, pôs em prática políticas monetárias e cambiais que minaram em grande parte nossa capacidade de competição internacional.

Mostrando a miopia fiscalista que o orienta até hoje, Cardoso escreveu em seu artigo Sem medo do passado: “Esqueceuse (Lula) dos ganhos que a privatização do sistema Telebrás trouxe para o povo brasileiro, com a democratização do acesso à internet e aos celulares, do fato de que a Vale privatizada paga mais impostos ao governo do que este jamais recebeu em dividendos quando a empresa era estatal”.

A entrega do patrimônio público ainda é apresentada como fórmula eficaz de fazer caixa. O que FHC faz questão de esquecer faz parte de sua história: grande parte do programa de privatização brasileiro foi financiada pelo BNDES.

No cassino tucano, muitas empresas privatizadas não queriam fazer investimento aqui e se aproveitavam de polpudos créditos que também beneficiavam transnacionais já instaladas no país. O argumento utilizado era o de que a vinda desses setores permitiria agregar elementos de financiamento ao desenvolvimento nacional.

Quando se lê um artigo assim, descontextualizado, mal costurado em seus argumentos, é que nos damos contas da importância de olhar pelo retrovisor.

É ele que sinaliza as perspectivas do futuro. Nesse ponto, o texto de Cardoso é didático, quase leitura obrigatória.

FHC sabe que a grande mídia corporativa exercerá o prestimoso papel de guiar suas mãos na hora de legitimar a irrelevância dos seus escritos.

Somente os exércitos de colunistas destacados pelas famílias que controlam os meios de comunicação garantem sua vida política vegetativa.

Quando compara a ministra Dilma Rousseff a um boneco manipulado pelo presidente Lula não faz qualquer ponderação política, apenas evidencia que sua cabeça está longe de ser privilegiada.

É uma mente que destila bile (que está na raiz da palavra melancolia) para desqualificar seus adversários. É o menestrel da política pequena buscando a facilidade da ribalta midiática.

Antes de dizer que “o PT tenta desconstruir o seu mandato”, o “príncipe” deveria dedicar mais tempo à leitura do que andaram falando sobre seu governo as principais lideranças do seu partido, em especial o governador de São Paulo.

Uma boa sugestão seria o livro Conversas com economistas brasileiros I, que a Editora 34 lançou em 1999. Lá ele encontraria o seguinte trecho: “A política cambial do primeiro governo Fernando Henrique Cardoso foi um desastre gratuito e total. Foi resultado de pouca reflexão analítica de seus condutores. Suas consequências foram devastadoras em muitas áreas da economia, inclusive comprometendo as metas fixadas no processo de privatização”.

Essa crítica, das mais contundentes feitas por um economista que participou dos dois mandatos do governo FHC, é de José Serra em entrevista a dois professores da FGV, Guido Mantega e José Márcio Rego. E agora, quem é o boneco de quem? Nem mesmo um governador que submergiu com as enchentes em São Paulo, levando com ele a suposta capacidade gerencial do tucanato, pôde endossar a política arrasada do ex-presidente.

O que esperar da oposição? A compaixão que deve ser concedida aos incapazes? As palavras do ex-presidente devem ser vistas como movimentos de descompressão da realidade. Quando, a partir da melancolia e solidão de sua maturidade, um ator político faz a volta à infância, o ridículo se apodera do cenário. Fernando Henrique precisa de amigos.

A exigência egóica de FHC ser admirado o torna, paradoxalmente, um líder sem liderados

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

LIVRAMENTO PLANEJA INSTALAÇÃO DO PARQUE DOS VENTOS NO CERRO CHATO

POR JANGO MEDEIROS





Depois de ficar tecnicamente consolidado o projeto da Eletrosul que contemplará até o final de 2011 a localidade do Cerro Chato com uma unidade de geração e transmissão de energia eólica para produção de 90 megawatts (MW), Livramento planeja explorar turisticamente a nova paisagem que moldará as planícies daquela região. Denominado de Parque dos Ventos e situado entre a Estrada Velha Livramento/Quaraí e a BR-293, o espaço poderá se transformar numa nova ferramenta de divulgação turística do pampa gaúcho em harmonia às tradições, valores culturais e a preservação do meio ambiente.


A deputada Emília Fernandes, que esteve recentemente visitando moradores do Cerro Chato acompanhada pelo diretor técnico da Eletrosul, Ronaldo Custódio destacou que muitos santanenses, na época da Semana Santa, valorizam o costume de erguer pandorgas naquela área, caracterizada pela presença do vento que sopra continuamente. "Não se trata da simples pretensão de criar algo diferente, mas delimitar um pequeno espaço de lazer a ser destinado à população que ficará associado ao potencial de geração de energia limpa produzida pelo vento", ressaltou.


Já o diretor técnico da Eletrosul, Ronaldo Custódio, disse que o investimento projetado pela empresa na região está avaliado em R$ 400 milhões e as obras do parque eólico estão previstas para começar em agosto de 2010 com terraplanagem e trabalho de infraestrutura que prevê a construção de uma malha de 45 Km de estradas. Custódio acrescentou que serão edificadas 45 torres aerogeradoras em 39 propriedades rurais. A conclusão está prevista para meados de 2011. A energia a ser produzida no Cerro Chato abastecerá a Subestação 2, da CEEE, localizada no Bairro Registro, a 18 Km do Cerro Chato. O retorno do ICMS para o município, no mínimo, será triplicado nos próximos três anos, o que permitirá à prefeitura promover mais investimentos em infraestrutura urbana e na área social.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

A NOVA ESTRATÈGIA DO PIG PARA COMBATER DILMA COMEÇA POR ZH

por Cristóvão Feil, no Diário Gauche

Os jornais da direita brasileira - o denominado Partido da Imprensa Golpista (PIG) - estão começando uma campanha contra a ministra Dilma Rousseff, virtual candidata do presidente Lula à presidência da Republica em 2010. Quem dá a largada é o jornal Zero Hora, de Porto Alegre, pertencente ao grupo RBS, um dos grandes beneficiários sulinos da ditadura civil-militar que assolou o País de 1964 a 1985.

A abordagem da campanha contra a única candidata da esquerda com vivas chances de vitória parte de uma estratégia oblíqua e por isso sutil e astuciosa. Trata-se de identificar a candidata Dilma como protagonista de cenários de conflito, de situações pregressas de confronto, de perturbações da ordem, de sublevação social, de motim contra o establishment, etc. A idéia é aterrar a classe média e deixar os investidores com as barbas de molho.

A série de reportagens de ZH, denominada "Os infiltrados", publicadas de domingo até ontem (3/2), tem como objetivo isso: reunir elementos objetivos e sobretudo subjetivos que apontem Dilma Rousseff como alguém com um perfil muito próximo de ser considerado como o de uma "terrorista" - na releitura ampla dada ao vocábulo por parte de Bush Jr. e o ultrapragmatismo Neoconservador com viés bélico - fonte na qual dez entre dez jornais brasileiros beberam até a embriaguez.

Em publicidade, essa velha técnica é denominada merchandising editorial (ou tie-in, no jargão norte-americano de publicidade & propaganda). Consiste em diluir o objeto da reportagem, no caso, a desconstrução da imagem da candidata lulista, em uma narrativa com muitos protagonistas, formando um painel abrangente e elucidativo de fatos obscuros ou mal contados pela história recente. O tie-in na publicidade comercial da televisão, por exemplo, é a introdução sutil de uma certa marca de carro na cena onde o mocinho persegue o bandido, ou de um refrigerante na cena doméstica da novela seriada. A força do apelo comercial está precisamente na sutileza e não na ênfase grosseira dos comerciais da publicidade comum.

A técnica da reportagem do tipo tie-in - desfocar para crivar com mais eficácia - está sendo uma das estratégicas do PIG, seus agentes e operadores. Só que ao invés de promover o seu objeto de incidência, como faz a publicidade comercial, no caso do jornalismo ideologizado do PIG, ao contrário, procura rebaixar a sua reputação e prestígio social.

Temos informações seguríssimas que a matéria de Zero Hora é apenas a primeira de outras tantas que estão sendo preparadas pela imprensa direitista brasileira. A revista Veja estaria preparando uma matéria sobre o famoso roubo do cofre do ex-governador Adhemar de Barros, de São Paulo, ocorrido em julho de 1969. A rigor, é a mesma matéria requentada da edição 1.785, de Veja, de 15 de janeiro de 2003. Só que naquela ocasião, o tom do texto era grosseiro, inquisitorial e policialesco, cenas de filme B. Com a nova estratégia tie-in, a matéria deverá ser mais extensa, na forma de um painel (pseudo) histórico, com mais personagens e um tratamento refinado e sutil ao texto.

Será mais para o cinema de Ingmar Bergman do que para o de Zé do Caixão.

*****

Alguém ainda terá dúvida sobre o caráter orgânico-partidário da grande imprensa brasileira? Um bloco unido, coeso, linha ideológica única, discurso afinado, militância articulada, ações coordenadas, intelectual orgânico de setores da classe média (urbana e rural), classes proprietárias, lúmpen-burguesia, do agronegócio exportador, setores bancário-financeiros, de representantes e associados dos interesses corporativos internacionais, militares com interesses econômicos e negociais, etc.

A prova evidente do caráter partidário da mídia brasuca é a flacidez dos partidos cartoriais tradicionais - PSDB, Democratas, PMDB, PPS, PTB, e outros menos votados.

Quanto mais a mídia faz-se porta-voz potente da direita, mais obsoleta e irrelevante torna a existência das aglomerações parlamentares-eleitorais, que acabam servindo só para registro legal de candidaturas junto à Justiça Eleitoral e valhacouto de lúmpens ascensionais.

Como alguém já disse, acho que foi o Stedile, os parlamentares e políticos profissionais deveriam - em vez de se identificar pelas siglas partidárias - usar jalecos ou macacões (como na Fórmula Um) com as logomarcas dos seus patrocinadores - aos quais dedicam as suas carreiras públicas como zelosos funcionários corporativos subalternos.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

CAMINHÃO DOS BOMBEIROS FICA PRESO EM PONTE NO JARDIM EUROPA

Um caminhão do Corpo de Bombeiros ficou preso em uma ponte de madeira sobre um arroio que corta a Rua Diamentino Menezes, no bairro Jardim Europa, em Santana do Livramento. O condutor do veículo utilizava o acesso com a expectativa de encurtar caminho e chegar em menor espaço de tempo possível à Rua Carlos Borrajo, onde acontecia um incêndio em uma oficina mecânica, por volta das 15h45min desta quarta-feira.
A estrutura de madeira construída pela prefeitura não suportou o peso do veículo carregado com 7 mil litros d'água. Ninguém saiu ferido. O caminhão ficou com o diferencial e as rodas traseiras presas sobre parte da estrutura e foi retirado com o emprego de um carro guincho. Com o incidente, um outro veículo dos bombeiros foi acionado, evitando que o fogo que consumiu um automóvel atingisse outros veículos que estavam no interior da oficina, localizada a 700m do local do acidente.

Fonte: João Ataídes Medeiros/Correio do Povo

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

LIVRAMENTO RECEBE QUASE 700 MIL DE AFM DO GOVERNO FEDERAL

O Governo Federal pagou na quinta-feira (28) a última parcela do Auxílio Financeiro aos Municípios (AFM), criado para compensar as perdas nos repasses do Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Os recursos, que somam R$ 516 milhões, serão depositados em contas criadas especificamente para essa finalidade no Banco do Brasil. Santana do Livramento que até dezembro de 2008 recebeu de FPM,R$ 19.478.102,99 e que em 2009,até dezembro, havia recebido R$ 18.616.152,80 e portanto teve perdas, recebeu a titulo de compensação de AFM a quantia de R$ 698.690,12.

Até setembro do ano passado, já havia sido pago R$ 1,87 bilhão a título de compensação das perdas apuradas. O novo lote cobre a retração sentida nos últimos cinco meses do ano. De acordo com a Medida Provisória 462/09, convertida na Lei 12.058/09, se o repasse do FPM em 2009 fosse menor que o de 2008, a União pagaria auxílio financeiro no valor da queda. O objetivo da lei era ajudar os municípios a minimizar os efeitos da crise econômica internacional.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

DILMA CRESCE NA ULTIMA PESQUISA CNT SENSUS

A 100ª Pesquisa CNT/Sensus divulgada hoje (1º de fevereiro de 2009), em Brasília, pela Confederação Nacional do Transporte (CNT), registra que o Índice Avaliação situa-se em 54,86 e o Índice Expectativa, em 74,10.
Em novembro de 2009, o Índice Avaliação situava-se em 49,83 e o Índice Expectativa, em 74,33.
O Índice Avaliação é formado pela ponderação das variáveis emprego, renda, saúde, educação e segurança pública para os últimos 6 meses, e o Índice Expectativa é formado pela ponderação das variáveis emprego, renda, saúde, educação e segurança pública para os próximos 6 meses.

AVALIAÇÃO DO GOVERNO
A avaliação positiva do Governo Luiz Inácio Lula da Silva situa-se em 71,4% e a negativa, em 5,8%. Em novembro de 2009, a positiva situava-se em 70,0% e a negativa, em 6,2%.
A aprovação do desempenho pessoal de Lula situa-se em 81,7% e a desaprovação em 13,9%. Em novembro de 2009, a aprovação do desempenho pessoal de Lula situava-se em 78,9% e a desaprovação, em 14,6%.

ELEIÇÕES 2010 – 1º TURNO
A Pesquisa CNT Sensus quis saber em quem o eleitor brasileiro votaria (em votação espontânea) para Presidente da República em 2010: Lula, 18,7%; Dilma Rousseff, 9,5%; José Serra, 9,3%; Aécio Neves, 2,1%; Marina Silva, 1,6%; Ciro Gomes, 1,2%; outros, 1,9%; branco e nulo, 2,6%.
Propusemos, também, duas listas (pesquisa estimulada), cujos resultados foram os seguintes:
Primeira lista: José Serra, 33,2%; Dilma Rousseff, 27,8%; Ciro Gomes, 11,9%; Marina Silva, 6,8%; sem candidato, 20,4%. Em novembro de 2009, os índices eram, respectivamente, 31,8%, 21,7%, 17,5%, 5,9% e 23,2%
Segunda lista: José Serra, 40,7%; Dilma Rousseff, 28,5%; Marina Silva, 9,5%; sem candidato, 21,4%. Os números em novembro de 2009 eram, respectivamente, 40,5%, 23,5%, 8,1% e 28,0%.

ELEIÇÕES 2010 – 2º TURNO
A Pesquisa CNT Sensus fez simulação, também, para um eventual segundo turno para a Presidência da República:
Primeira opção: José Serra, 44,0%; Dilma Rousseff; 37,1%; sem candidato, 19,0%. Em novembro de 2009 os números eram: 46,8%, 28,2% e 25,1%, respectivamente.
Segunda opção: José Serra, 47,6%; Ciro Gomes, 26,7%; sem candidato, 25,8%. Os números em novembro de 2009 eram: 44,1%, 27,2% e 28,7%, respectivamente.
Terceira opção: Dilma Rousseff, 43,3%; Ciro Gomes, 31,0%; sem candidato, 25,8%. Os números em novembro de 2009 eram: 31,5%, 35,1% e 33,5%, respectivamente

LIMITE DE VOTO
A Pesquisa CNT Sensus mediu, ainda, o limite de voto dos potenciais candidatos à Presidência da República:
Para 17,9%, Dilma Rousseff é a única candidata em quem votariam; já para 38,5%, Dilma é uma candidata em quem poderiam votar; 28,4% disseram que não votariam de jeito nenhum e 9,4% não conhecem/não sabem quem é.
Para 15,4% dos entrevistados, José Serra é o único candidato em quem votariam; para 45,4%, um candidato em quem poderiam votar; 29,7% não votariam de jeito nenhum e 4,1% não conhecem/não sabem quem é.
Para 8,2%, Ciro Gomes é o único candidato em quem votariam; para 47,3%, um candidato em quem poderiam votar; 30,3% disseram que não votariam de jeito nenhum e 7,8% não conhecem/não sabem quem é.
Para 6,9%, Marina Silva é a única candidata em quem votariam; para 23,4%, uma candidata em quem poderiam votar; 36,6% não votariam de jeito nenhum e 27,2% não conhecem/não sabem quem é.

NÍVEL DE INFORMAÇÃO
A Pesquisa CNT/Sensus quis saber como o brasileiro vê o seu próprio nível de informação: 55,6% se consideram mais ou menos informados; 24,7% pouco informado e 19,2% muito informado. Em março de 1998, os índices eram, respectivamente, 56,0%, 30,0% e 13,0%.

SATISFAÇÃO COM O PAÍS
48,0% dos entrevistados disseram que o seu nível de satisfação com o país, nos últimos seis meses, está aumentando; para 37,4%, continua igual e para 13,9%, está diminuindo. Em março de 1998, esses índices eram, respectivamente, 15,0%, 47,0% e 36,0%.

ORGULHO DE SER BRASILEIRO
O orgulho por ser brasileiro tem aumentado, nos último seis meses, para 52,8% dos entrevistados; para 38,5%, continua igual e para 7,8%, tem diminuído. Em setembro de 1998, os índices eram 26,0%, 59,0% e 12,0%, respectivamente.

ANO ELEITORAL
42,1% dos entrevistados pela Pesquisa CNT/Sensus disseram ter um interesse médio pelas eleições presidenciais deste ano; 31,3% disseram não ter interesse algum e 25,5%, que têm muito interesse. Em março de 2002, esses índices eram, respectivamente, 35,9%, 45,5% e 17,9%.

ESCOLHA DO PRESIDENTE
A Pesquisa CNT Sensus quis saber o que o eleitor leva mais em conta na hora de votar para presidente da República: 55,5% disseram que a própria opinião; 14,2%, a opinião de amigos e parentes; 13,8%, o que veem na televisão; 6,3%, a propaganda eleitoral gratuita; 3,9%, o que sai nos jornais; 2,5%, o que ouvem no rádio e 2,2%, a opinião do seu líder religioso.

AVALIAÇÕES SETORIAIS
Foi pedido ao entrevistado que avaliasse, por meio de notas (de zero a dez), cinco setores de atuação do governo federal, com o seguinte resultado (média): escola pública, 6,5; transporte, 5,8; rede pública de saúde, 5,1; estradas, 5,1 e segurança pública, 4,9.

CONFIANÇA NAS INSTITUIÇÕES
Quisemos saber ainda qual é o grau de confiança do brasileiro nas instituições: 69,8% disserem confiar sempre ou na maior parte das vezes nas Forças Armadas; 49,8%, na imprensa; 40,1%, no governo; 37,8%, na Justiça; 37,5, na Polícia; 36,0%, no Serviço Público; e no Congresso Nacional, 9,3%.

PENA DE MORTE
55,2% dos entrevistados disseram se contra a pena de morte e 41,2%, a favor.

LEGALIZAÇÃO DO ABORTO
73,5% são contra a legalização do aborto e 22,7%, a favor.

CIGARRO E BEBIDA ALCOOLICA
74,1% são contrários ao uso do cigarro ou de qualquer outro tipo de fumo e 67,4%, ao uso de bebidas alcoólicas.

PROBLEMAS DO PAÍS
A violência e a criminalidade são o que mais incomodam 22,9% dos brasileiros, seguidos das drogas (21,2%), do desemprego (19,0%), da falta de oportunidades de trabalho (8,0%) e do sistema de saúde (6,7%).

ECONOMIA/TRABALHO
48,9% dos entrevistados pela Pesquisa CNT Sensus já pensaram em trabalhar por conta própria e 27,9% já trabalham dessa maneira.

Dos que trabalham, 52,2% estão satisfeitos.
Uma boa formação profissional é, para 50,0%, o mais importante para se conseguir um emprego; para 26,9%, o mais importante é ter estudo.

IMPOSTOS E SERVIÇOS
Os impostos, no Brasil são altos, para 86,8% e os serviços públicos prestados, se comparados com a carga tributária brasileira, para 81,3%, são ruins/regulares.

VIOLÊNCIA E CRIMINALIDADE
Para 40,6% dos entrevistados, a cidade onde moram é pouco ou nada violenta; enquanto 33,0% a consideram violenta.

CORRUPÇÃO
69,4% entendem que a corrupção está aumentando no Brasil; para 21,8%, a corrupção continua como sempre esteve. Em setembro de 1998, esses índices eram, respectivamente, 56,0% e 32,0%.

UNIFICAÇÃO DAS POLÍCIAS
68,5% dos entrevistados são favoráveis à unificação das polícias militar e civil.

LAZER
Assistir TV é para 27,5% a principal fonte de lazer; para 12,2%, é viajar; para 7,9%, jogar futebol; para 7,1%, ouvir música; para 6,9%, ir à praia, e para 6,4%, dançar.

ASSOCIATIVISMO
A Pesquisa CNT Sensus quis saber se o brasileiro é ligado a algum tipo de associação (sindicato, partido político, ONG etc.): 82,5% responderam que não.

INTERNET
24,2% dos entrevistados têm computador e fazem uso da internet em casa e 14,3% em casa e no trabalho.
28,6% responderam, também, que pretendem adquirir um computador nos próximos 12 meses.

CONCLUSÃO
Com relação às intenções de voto para as eleições presidenciais, a ministra Dilma Roussef apresenta crescimento em todos os cenários, aparecendo em primeiro lugar pela primeira vez na pesquisa espontânea.
Na primeira lista estimulada para o primeiro turno a pré-candidata do PT cresce 6,1% em relação à pesquisa de novembro de 2009; e 5% na segunda lista.
Os resultados demonstram que o nome de Dilma Roussef vem crescendo na disputa e consolida-se como candidata competitiva.
A popularidade do presidente Lula e seu governo continua em alta, o que pode ser explicado, mais uma vez, como conseqüência dos bons números da economia, os resultados positivos das políticas sociais do governo e o alto índice de emprego.

RETORNO DE FÉRIAS


Depois de alguns dias de férias, em um curto mas proveitoso periodo,refugiado na Estância da Glória, dos amigos Perseverando e Toco Santana,estou de volta as atividades profissionais e politicas e claro também a tarefa de blogueiro.Aliás quero recomendar aos amigos que ainda não conhecem a Estância da Glória e que apreciam o turismo rural para que visitem este lugar maravilhoso,encantador que nos permite conviver em paz com a natureza desfrutando do mesmo conforto que temos na cidade.Garanto que basta acampar alguns dias na Glória, pescar, tomar banho de arroio,degustar uma comida campeira e um vhurrasco de cordeiro de primeirissima qualidade,caminhar por algumas trilhas e dar uma cavalgada para voltar com as energias renovadas.Basta ligar para o Toco Santana ( 99731663) e agendar uma visita.