segunda-feira, 29 de novembro de 2010

QUANDO O ESTADO QUER, O ESTADO FAZ!

Por Dagberto Reis

O Estado que arrecada , e arrecada muito,deve,ou deveria, devolver estes impostos em forma de politicas públicas para melhorar a vida das pessoas.Trata-se de um principio democrático do verdadeiro Estado. Nem sempre ocorre assim.No entanto, quando o Estado realmente quer o Estado faz, porque o Estado pode. A prova esta na ação desencadeada no Rio de Janeiro na Vila Cruzeiro e Complexo do Alemão,onde o poder paralelo dos chefões do trafico de drogas, há muito tempo desempenhava o papel do Estado a sua maneira na base do terror explorando as deficiências do Poder Público que não cumpre o seu verdadeiro compromisso de cuidar da vida das pessoas. Bastou uma reação forte do Estado ao criar as Unidades de Policia Pacificadoras-UPPs- para que o trafico nervoso desse sinais de que estava acuado.Iniciava ali uma verdadeira guerra civil e o Estado organizado com todos os seus entes mostrava então a sua força vencendo duras batalhas onde contou com o apoio da população, sedenta por paz.
A guera contra o trafico esta longe de ser vencida. Agora o Estado além da segurança e da reconquista da confiança da população com o policiamento comunitário, precisará investir em infra-estrutura urbana, saúde, educação, cultura e lazer nestas comunidades para que então possa ganhar a guerra. Certamente não será uma tarefa fácil, mas o caminho foi aberto, comprovando que quando existe a vontade politica para a transformação não existe mudança impossivel e o verdadeiro Estado democrático e de direito pode ser restabelecido.Para que tudo de certo, tanto no Rio de Janeiro, quanto em qualquer lugar deste Brasil, é preciso que o Estado seja muito mais do que um mero arrecadador de impostos. A implantação de politicas sociais que dialoguem com aquilo que deseja a população,beneficiando aqueles que mais precisam, permitindo o equilibrio social e econômico, podem ajudar a realmente mudar este quadro.Do contrário teremos apenas uma trégua com retorno anunciado.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

ENEM: NOS BASTIDORES OS ERROS SÃO ARGUMENTOS PARA OS PRIVATISTAS

Do Blog do Planalto

Com comentário de Luis Carlos Azenha\www.viomundo.com.br

O governo não pretende anular o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2010, realizado no último sábado (6/11), e nem refazer as provas para todos os inscritos, afirmou o ministro da Educação, Fernando Haddad, em entrevista coletiva à imprensa concedida nesta segunda-feira (8/11), em Brasília (DF). Segundo Haddad, os alunos prejudicados por falhas na impressão em alguns lotes poderão, após a devida apuração por parte do Ministério da Educação (MEC), refazer a prova, sem que haja a necessidade do cancelamento da mesma, uma vez que o princípio da isonomia não foi comprometido.

O Ministro disse ainda que o MEC irá tentar reverter a decisão da 7ª Vara Federal do Ceará de suspender, em caráter liminar, o Enem. O Ministério irá explicar que o uso da Teoria de Resposta ao Item permite a comparabilidade de provas distintas, possibilitando a realização de um novo exame com “questões de mesmo peso”. De acordo com o Ministro, caso a Justiça Federal do Ceará mantenha a decisão, o MEC irá recorrer em instâncias superiores, pois há, por parte do governo, a segurança de que a prova é tecnicamente sustentável.

A prova será reaplicada para quem foi prejudicado. A grande vantagem que nós temos é que, como o Enem, desde o ano passado, responde pela Teoria de Resposta ao Item, essas provas são rigorosamente comparáveis e não é necessário anular o exame como um todo… Em um exame com quase 5 milhões de inscritos, se você não adota esse sistema, compromete-se a isonomia da prova.

Questionado sobre eventuais impactos dos erros de impressão na credibilidade do Enem, Haddad afirmou que a julgar pelo relato de reitores e o aumento em 10% no número de inscritos com relação a 2009, não há razões para acreditar na perda de credibilidade do Enem, que é “irreversível, um caminho sem volta”. O Ministro informou ainda que não há uma data precisa para a reaplicação do teste para os estudantes que foram comprovadamente prejudicados.

Para definir a data temos que observar o calendário universitário e, segundo, verificar quantos estudantes efetivamente terão que refazer. No ano passado, marcamos para cerca de um mês depois. Essa é a previsão.

Sobre os custos para a realização de uma nova prova, Haddad explicou que todas as despesas ficarão a cargo da gráfica que realizou a impressão e que há, ainda, previsão contratual para a cobrança de multa.

PS do Viomundo: As falhas no Enem são lamentáveis. É prato cheio para a oposição, já que estamos falando de milhões de futuros eleitores. Dito isso, é preciso ter em conta os interesses que se movem nos bastidores. São os interesses dos que defendem a perpetuação dos cursinhos e que, em São Paulo, fizeram da Secretaria da Educação um canal de financiamento da grande mídia, como está exposto aqui.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

REAJUSTE DA ÁGUA: ARGUMENTOS NADA CONVINCENTES

Por Dagberto Reis

O procurador juridico do DAE-Departamento de Água e Esgoto- Gilbert Gisler, o Xepa, afirmou em entrevista na manhã de hoje no programa Correspondente Cultura, na Radio Cultura, que o custo de captação e tratamento da água em Bagé era menor do que o custo de funcionamento dos poços de captação em Livramento.Disse com todas as letras que seria melhor captar água do Batuva e tratar. Segundo ele Bagé gastaria R$ 90 mil mês na captação e tratamento e Livramento somente com energia elétrica, acredito que seja das bombas de recalque para levar água até as residências, gasta em torno de R$ 180 mil ao mês. Intrigado parti para uma pesquisa no site do DAEB,muito bom aliás,embora não tenha extamente o que estava procurando que eram os custos da autarquia. Porém neste momento em que o DAE apresenta projeto para reajustar a taxa de água foi muito importante visitar o site do DAEB.Primeiro no site do DAEB funciona a impressão da segunda via da conta, prometida aqui quando da instalação do sistema informatizado de quase R$ 1 milhão, e que até hoje nunca funcionou. Ao que me consta o DAEB não pagou tanto assim pelo seu sistema de informática.O DAEB tem 15 reservatórios que acredito também necessitem de energia elétrica para funcionar.Lá a taxa social com direito a 15 metros cubicos para residÊncias de até 40 metros quadrados incluindo água e esgoto é de R$ 11,12( aqui esta proposto R$ 15,66) e a de residências com até 60 metros quadrados de R$ 21,81( aqui a residencial sem especificar tamanho da residência tem proposta de R$ 27,29). A forma de cobrança é diferenciada,mas os valores estão abaixo, portanto, do que é cobrado em Livramento.A população de Bagé é superior a 100 mil habitantes e todos sabem das dificuldades vividas pelos moradores da cidade para o abastecimento de água através das barragens da Sanga Rasa,Pirai e Emergencial que passam por uma estação de tratamento para depois chegarem a casa dos bageenses.Apenas estes dados que coletei no site do DAEB já são suficientes para derrubar este comparativo e a argumentação, a justificativa de reajuste que o governo municipal propõe para as taxas de água e esgoto.
A imprensa e a oposição tem cobrado da atual direção os motivos que levaram o DAE a situação de caos financeiro em que se encontra.Ninguem quer que o João Carretes ou o Chico Ferrão, detonem os diretores que os antecederam, mas que tenham a humildade de reconhecer que o DAE funcionaria mesmo sem o atual sistema de informatização, cujo custo aliás o Carretes diminiuiu de R$ 60 mil ao mês para R$ 22 mil ao mês e que a contratação de funcionários através de concurso público, o que é legal, perfeito, poderia aguardar mais um pouco.As decisões tomadas foram muito mais politicas do que propriamente de gestão. O impacto orçamentário e financeiro não foi feito corretamente, as previsões de arrecadação falharam e a divida ativa do DAE, hoje apresentada em torno de R$ 17 milhões é ficticia, porque muitas destas dividas já prescreveram com cinco anos , ou mais, até dez anos.Decisões politicas tem resposta politica, seja da sociedade ou da oposição.O DAE terá de cobrar a sua divida ativa, é o que determina a Lei de Responsabilidade Fiscal-LRF- continuar corrigindo as taxas de acordo com o IGP-M e diminuir alguns custos, quem sabe o de energia.O povo santanense não pode pagar a conta do mau gerenciamento que levou a autarquia a esta situação, para que tudo volte como antes no DAE.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

ÓDIO E PRECONCEITO PLANTADOS CONTRA NORDESTINOS NA INTERNETE

Rodrigo Viana em O Escrevinhador


O vídeo que indico abaixo é de revirar o estômago. Lança luz sobre um Brasil que muitas vezes não gostamos de ver. O Brasil do ódio.

http://www.youtube.com/watch?v=tCORsD-hx0w

A campanha conservadora movida pelos tucanos, a misturar religião e política, trouxe à tona o lodo que estava guardado no fundo da represa. A lama surgiu na forma de ódio e preconceito. Muita gente gosta de afirmar: no Brasil não há ódio entre irmãos, há tolerância religiosa. Serra jogou isso fora. A turma que o apoiava infestou a internet com calúnias. E, agora, passada a eleição, o twitter e outras redes sociais são tomadas por manifestações odiosas.

Como se vê no vídeo acima, não foi só a tal Mayara (estudante de Direito!!!) que declarou ódio aos nordestinos. Há muitos outros. Com nome, assinatura. É fácil identificar um por um. E processar a todos! O Ministério Público deveria agir. A Polícia Federal deveria agir.

E nós devemos estar preparados, porque Serra fez dessas feras da direita a nova militância tucana. Jogou no lixo a história de Montoro e Covas. Serra cavou a trincheira na direita. E o Brasil agora colhe o resultado da campanha odiosa feita por Serra.

Desde domingo, muita gente já fez as contas e mostrou: Dilma ganharia de Serra com ou sem os votos do Nordeste. Não dei destaque a isso porque acho que é – de certa forma – uma rendição ao pensamento conservador. Em vez de dizer que Dilma ganhou “mesmo sem o Nordeste”, deveríamos dizer: ganhou – também – por causa dos nordestinos. E qual o problema?

E deveríamos lembrar: Dilma ganhou também com o voto de quase 60% dos mineiros e dos moradores do Estado do Rio.E ganhou com quase metade dos votos de paulistas e gaúchos.

Parte da imprensa – que, como Serra, não aceita a derrota e tenta desqualificar a vitoriosa - insiste no mapinha ”Estados vermelhos no Norte/Nordeste x Estados azuis no Sul/Sudeste”. O interessante é ver - aqui - a votação por municípios, e não por Estados: há imensas manchas vermelhas nesse Sul/Sudeste que alguns gostariam de ver todo azulzinho.

No Sul e no Sudeste há muita gente que diz: “não ao ódio”. Se essa turma de mauricinhos idiotas quiser brincar de separatismo, vai ter que enfrentar não apenas o bravo povo nordestino. Vai ter que enfrentar gente do Sul e Sudeste que não aceita dividir o Brasil.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

MÃE DILMA

Neste Dia de Finados vou lembrar de Dilma.Aliás, lembro de Dilma todo o dia.Não tive o prazer de conhece-la.Ouço daqueles que com ela conviveram os mais variados elogios a sua beleza, o seu amor pela vida,a sua coragem e capacidade para o trabalho e especialmente a facilidade para se comunicar e fazer novos amigos e amigas.Dilma não é um nome muito comum,conheço poucas Dilmas.É um nome raro mas não inédito, como o fato de uma mulher ser eleita presidente do Brasil, com o nome Dilma.A mestre em urubologia da Rede Globo, Miriam Leitão,até tentou desmanchar este ineditismo afirmando que a Princesa Isabel, no Brasil Império, havia assumido como governante em alguns periodos substituindo o seu pai Dom Pedro II.Esqueceu a urubologa, que até já previu a derrocada econômica do Brasil, que todos estão se referindo a primeira mulher eleita presidente , do Brasil Republica.Talvez com a derrota de Serra, ela até pense no retorno da monarquia. Vá saber o que passa por mentes carregadas de ódio que destilam o seu veneno como serpentes.
Tenho saudades de Dilma. Certamente se aqui estivesse a minha querida mãe Dilma, que não viu este filho nascer ao perder a vida após o parto, estaria vibrando com a vitória de Dilma Rousseff. Que Deus ilumine Dilma,a minha mãe e a Dilma, presidente do Brasil. De forma solidária, fraterna espero que Dilma não seja apenas a mãe do PAC, mas a mãe de todos os brasileiros, especialmente dos mais necessitados que clamam por inclusão e justiça social.Que Dilma tenha a visão estratégica necessária para que a nação brasileira siga seu rumo desenvolvimentista,respeitada no mundo inteiro.Que tenha a sapiência de cuidar bem do seu povo,com humildade, sem tripudiar sobre os derrotados,mas com firmeza suficientes para conduzir as reformas necessárias ao País e sem esmorecer diante daqueles que combatem as politicas sociais,defendendo o Estado minimo.Que Dilma seja verdadeiramente a seguidora de Lula.
Depois de 48 anos tenho mais uma Dilma na minha vida, o que de certa forma representa um conforto espiritual.Viva mãe Dilma !

OS MITOS SOBRE A ELEIÇÃO DE DILMA

Por Marcos Coimbra, na CartaCapital



Sim e não. Porque, na política, nem sempre os fatos e as versões coincidem. E as coisas que se dizem a respeito deles nos levam a percebê-los de maneiras muito diferentes.

Nenhuma versão muda o resultado, mas pode fazer com que o interpretemos de forma equivocada. Como consequência, a reduzir seu significado e lhe diminuir a importância. É nesse sentido que cabe falar em nova batalha, que se trava em torno dos porquês e de como chegamos a ele.

Para entender a eleição de Dilma, é preciso evitar três erros, muito comuns na versão que as oposições (seja por meio de suas lideranças políticas, seja por seus jornalistas ou intelectuais) formularam a respeito da candidatura do PT desde quando foi lançada. E é voltando a usá-los que se começa a construir uma versão a respeito do resultado, como estamos vendo na reação da mídia e dos “especialistas” desde a noite de domingo.

O “economicismo”

O primeiro erro a respeito da eleição de Dilma é o mais singelo. Consiste em explicá-la pelo velho bordão “é a economia, estúpido!”.

É impressionante o curso que tem, no Brasil, a expressão cunhada por James Carville, marqueteiro de Bill Clinton, quando quis deixar clara a ênfase que propunha para o discurso de seu cliente nas eleições norte-americanas de 1992. Como o país estava mal e o eleitorado andava insatisfeito com a economia, parecia evidente que nela deveria estar o foco do candidato da oposição.

Era uma frase boa naquele momento, mas só naquele. Na sucessão de Clinton, por exemplo, a economia estava bem, mas Al Gore, o candidato democrata, perdeu, prejudicado pelo desgaste do presidente que saía. Ou seja, nem sempre “é a economia, estúpido!”.

Aqui, as pessoas costumam citar a frase como se fosse uma verdade absoluta e a raciocinar com ela a todo momento. Como nas eleições que concluímos, ao discutir a candidatura Dilma.

É outra maneira de dizer que os eleitores votaram nela “com o bolso”. Como se nada mais importasse. Satisfeitos com a economia, não pensaram em mais nada. Foi o bolso que mandou.

Esse reducionismo está equivocado. Quem acompanhou o processo de decisão do eleitorado viu que o voto não foi unidimensional. As pessoas, na sua imensa maioria, votaram com a cabeça, o coração e, sim, o bolso, mas este apenas como um elemento complementar da decisão. Nunca como o único critério (ou o mais importante).

A “segmentação”

O segundo erro está na suposição de que as eleições mostraram que o eleitorado brasileiro está segmentado por clivagens regionais e de classe. Tipicamente, a tese é de que os pobres, analfabetos, moradores de cidades pequenas, de estados atrasados, votaram em Dilma, enquanto ricos, educados, moradores de cidades grandes e de estados modernos, em Serra.

Ainda não temos o mapa exato da votação, com detalhe suficiente para testar a hipótese. Mas há um vasto acervo de pesquisas de intenção de voto que ajuda.

Por mais que se tenha tentado, no começo do processo eleitoral, sugerir que a eleição seria travada entre “dois Brasis”, opondo, grosso modo, Sul e Sudeste contra Norte, Nordeste e Centro-Oeste, os dados nunca disseram isso. Salvo no Nordeste, as distâncias entre eles, nas demais regiões, nunca foram grandes.

Também não é verdade que Dilma foi “eleita pelos pobres”. Ou afirmar que Serra era o “candidato dos ricos”. Ambos tinham eleitores em todos os segmentos socioeconômicos, embora pudessem ter presenças maiores em alguns do que em outros.

As diferenças no comportamento eleitoral dos brasileiros dependem mais de segmentações de opinião que de determinações materiais. Em outras palavras, há tucanos pobres e ricos, no Norte e no Sul, com alta e com baixa escolaridade. Assim como há petistas em todas as faixas e nichos de nossa sociedade.

Dilma venceu porque ganhou no conjunto do Brasil, e não em razão de um segmento.

O “paternalismo”

O terceiro erro é interpretar a vitória de Dilma como decorrência do “paternalismo” e do “assistencialismo”. Tipicamente, como pensam alguns, como fruto do Bolsa Família. Contrariando todas as evidências, há muita gente que acha isso na imprensa oposicionista e na classe média antilulista. São os que creem que Lula comprou o povo com meia dúzia de benefícios.

As pesquisas sempre mostraram que esse argumento não se sustenta. Dilma tinha, proporcionalmente, mais votos que Serra entre os beneficiários do programa, mas apenas um pouco mais que seu oponente. Ou seja: as pessoas que tinham direito a ele escolheram em quem votar de maneira muito parecida à dos demais eleitores. Em São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, os candidatos do PSDB aos governos estaduais foram eleitos com o voto delas.

Os três erros têm o mesmo fundamento: uma profunda desconfiança na capacidade do povo. É o velho preconceito de que o “povo não sabe votar” que está por trás do reducionismo de quem acha que foi a barriga cheia que elegeu Dilma. Ou do argumento de que foram o atraso e a ignorância da maioria que fizeram com que ela vencesse. Ou de quem supõe que a pessoa que recebe o benefício de um programa público se escraviza.

É preciso enfrentar essa nova batalha. Se não, ficaremos com a versão dos perdedores.

* Marcos Coimbra é sociólogo e presidente do Instituto Vox Populi