sexta-feira, 19 de junho de 2009

É FACIL ENTENDER O PT

Uma grande parte dos principais colunistas políticos,que escreve em jornais do Rio Grande do Sul, tem afirmado que não entende o PT. Todos eles, embora propaguem a imparcialidade, tem lado e interesses que não estariam contemplados em um governo petista no Estado. Pelo contrário eles conhecem muito bem o PT e a política, sabem que de forma isolada ninguém ganha eleição e que estar na frente hoje não significa uma vitória garantida amanhã, na medida em que a tendência é um agrupamento de forças políticas, todas unidas, contra a candidatura petista para derrota-la. Um leigo político, até pode não entender como se da o processo de debate interno no Partido dos Trabalhadores,mas não colunistas experimentados, com trânsito,bagagem e bons informantes, muitas vezes petistas, que no afã da defesa de suas convicções acabam plantando conceitos e informações não condizentes com a verdade.Não é de estranhar, portanto, que estejam espantados com o fato do PT já não estar fechado em torno do nome de Tarso Genro como candidato ao governo do Estado em 2010. É muito provável que o PT até venha a fechar em torno do nome do atual ministro da Justiça do governo Lula,cujas credenciais políticas dispensam qualquer comentário ou reconhecimento, o que na verdade ultrapassa até mesmo as hostes partidárias do PT, mas antes será necessário o debate, não em torno de individualidades, sejam elas do próprio Tarso ou de Adão Villaverde e Ary Vanazzi, os outros dois postulantes a candidatura. Pesam neste cenário o projeto nacional,o mais importante, que é a eleição de Dilma Rousseff para presidente do Brasil, a saída do isolamento em que se encontra o PT no Estado trazendo de volta o PSB e o PCdoB e buscando a aproximação com o PDT e o PTB, que embora esteja hoje no governo Yeda, não faz parte do núcleo do poder.Ao contrário do PMDB que embora esteja junto no governo Lula, aqui integra a linha de frente do pior governo da história do Rio Grande.A renovação necessária pela qual precisa passar o partido na sua articulação com os mais diferentes setores da sociedade gaúcha é outro fator importante, o que passa inevitavelmente pela condução partidária nas suas diferentes instâncias.Para completar será necessário um projeto que contemple as reais necessidades do povo gaúcho,alinhado a bandeiras atualizadas que dialoguem com a melhoria da vida das pessoas e não atrelado a conceitos ,cuja validade já esta vencida ou que já se exauriram na medida em que foram aplicados. É por isso que o PT,sem a realização de prévias, mas com encontros municipais escolhendo delegados para o encontro estadual vai debater, montar a sua tática, a sua estratégia eleitoral, de forma democrática,com as mais diferentes correntes de pensamento, vai escolher junto a sua base de filiados quem será o condutor de um projeto, que ao final do encontro será o candidato a governador de todos os petistas,seja Tarso, Villaverde ou Vanazzi. Certamente o vencedor sairá do convencimento da militância e não do “achismo” dos colunistas políticos que buscam a indução como forma de privilegiar os seus interesses ou de suas empresas, mas que de forma hipócrita,se auto proclamam apartidários ,senhores da razão e da verdade absoluta.Não é difícil entender o PT. No PT o debate sempre foi privilegiado, estimulando a militância para o grande embate que vai se dar, neste caso, no próximo ano onde os projetos para o Rio Grande serão cotejados. É preciso estar preparado para este enfrentamento e é justamente isto que esta fazendo o PT para retomar com o apoio de forças políticas que também desejam um Estado que não esteja na contra mão da história como ocorre atualmente ,com o Brasil crescendo e o Rio Grande definhando,desgovernado,sem rumo e abarrotado de denuncias de corrupção. Da mesma forma que o PT , o Rio Grande também precisa sair do isolamento.

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