sexta-feira, 30 de outubro de 2009

DIREÇÃO DA SANTA CASA CONTESTA OSMAR TERRA

A direção da Santa Casa em nota assinada pelo provedor Roberto Azevedo e pelo diretor administrativo Claudio Marmontel Silva, enviada a este radialista e blogueiro,contesta afirmações do secretário de Saude do Estado, Osmar Terra, quanto ao envio de recursos ao hospital.Publicamos na integra a referida nota.





S. do Livramento, 29 de outubro de 2009.


NOTA DE ESCLARECIMENTO
Com surpresa leio hoje no jornal “A Platéia” reportagem do Secretário Terra onde ele diz que mandou para Santa Casa, aproximadamente, R$ 1.500,000,00 ( hum milhão e meio de reais) , e que sabe de onde entrou o dinheiro mas não sabe por onde ele saiu.
Declaração no mínimo infeliz do Senhor Secretário, e que não pode mais acontecer, ou ele não sabe ou não quer saber, pois os numerários recebidos em 2009 e suas saídas estão todas aprovadas pelo Conselho Municipal de Saúde e registrados contabilmente.
Os numerários recebidos foram o seguinte:
01) Contrato TA 089/09 ...................................R$ 567.000,00 Fundo de Apoio
02) Contrato TA 200/09 ....................................R$ 184.000,00 1ª parcela -Fundo de Apoio
03) Contrato TA 200/09 ....................................R$ 160.000,00 2ª parcela – Fundo de Apoio
04) Integra Sus de Janeiro a Outubro/09 .........R$ 103.966,20 – Programa de auxilio
05) I A C de janeiro a Outubro /09....................R$ 337.354,43 – Incentivo a contratualização
06) Parceria Resolve ref. Parc. 2008 ...............R$ 55.718,17 – Programa de auxilio
07) Excedentes ambulatoriais
De janeiro a Julho/09 nos foi enviado por pagamento de
Serviços já prestados ....................................R$ 495.869,28
Total ......... R$ 1.903.908,08
Os itens 01 e 02 já foram aprovados pelo Conselho Municipal de Saúde e não restou nenhuma dúvida pois documentos comprobatórios foram revisados.
O item 03 recebemos dia 27/10/2009 e estamos com cheque administrativo para
Completarmos o pagamento da Folha de pagamento dos funcionários do mês de
Outubro/2009.
O item 07 não passamos pelo Conselho Municipal porque não é obrigatório pois é verba de serviços já prestados, mas se for o caso comprovamos os pagamentos com os docu -
mentos devidamente legais, estamos a disposição de qualquer fiscalização sem temor nenhum.
Não temos numerário para pagarmos uma Auditoria Externa, assim, encarecidamente, pedimos ao Estado na pessoa de seus representantes legais, que nos faça a devida Auditagem, para que assim se dê a publicidade desejada de como e onde foram aplicados os valores recebidos em 2009, restando dúvidas em relação aos anos de 2007 e 2008, onde o Hospital foi administrado pelo Sr. João Antonio dos Santos, que, inclusive, foi assessor de Gabinete Sr. Secretário Osmar Terra por um certo tempo, estando eventuais irregularidades desse período sob investigação da Polícia Federal.
Apartir de 01.11.2008 todas as prestações de contas de valores recebidos foram devidamente apresentadas e aprovadas pelo Conselho Municipal de Saúde e continua a disposição de qualquer órgão fiscalizador.
A crise do Hospital vem se arrastando há muito tempo e o que notamos é que as pessoas e autoridades não fazem muita questão de chegar a uma solução definitiva para o problema, que acarreta a desassistência da população usuária do SUS.
Obrigado pela atenção .


Roberto Azevedo
Cláudio Ademar Marmontel. Silva

BRIGADIANOS PODEM ENTRAR EM GREVE

Os policiais militares ameaçam entrar em greve. Era só o que faltava para evidenciar ainda mais a má gestão da governadora do Estado.A segurança que já não anda boa pode ficar ainda pior. A informação foi divulgada na edição on-line da Zero Hora. Se Yeda não apresentar um projeto de reajuste salarial até o final da semana, líderes dos brigadianos ameaçam organizar greve a partir da próxima semana. Mesmo que esse movimento seja proibido na BM, a avaliação é de que há precedentes, na Bahia e no Rio, justificados pela situação crítica da corporação.– A situação salarial é grave e pode nos levar a isso. Vamos nos mobilizar fortemente. Sempre há prejuízo (ao cidadão), mas temos a esperança de que o governo resolverá – relatou o coronel Jorge Luiz Prestes Braga, presidente da Associação dos Oficiais da BM.À frente da Associação dos Servidores de Nível Médio da BM, o soldado Leonel Lucas reclama que os vencimentos são os menores do Brasil. Na quarta-feira, ele percorreu oito municípios para mobilizar colegas para eventual paralisação.– Yeda prometeu dobrar o salário dos soldados e fica aumentando o dos que já ganham bem mais. É um deboche – explicou o soldado.Outros setores também exigem aumento. O chefe da Casa Civil, Otomar Vivian, receberá técnicos-científicos para discutir o assunto no dia 4.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

A VERDADE QUE INCOMODA

Apesar de bem sucedida, a agricultura familiar tende a desaparecer pela crescente concentração da terra e os anêmicos recursos do governo federalO último censo agropecuário trouxe verdades incômodas, que atiçaram a ira do agronegócio brasileiro.Afinal, a pobre agricultura familiar, com apenas 24,3% (ou 80,25 milhões de hectares) da área agrícola, é responsável “por 87% da produção nacional de mandioca, 70% da produção de feijão, 46% do milho, 38% do café , 34% do arroz, 58% do leite, 59% do plantel de suínos, 50% das aves, 30% dos bovinos e, ainda, 21% do trigo. A cultura com menor participação da agricultura familiar foi a soja (16%).O valor médio da produção anual da agricultura familiar foi de R$ 13,99 mil, segundo o IBGE.Quando se fala em agricultura orgânica, chega a 80%. Além do mais, provou que tem peso econômico, sendo responsável por 10% do PIB nacional.Acontece que a agricultura familiar, além de ter menos terras, tem menos recurso público como suporte de suas atividades. Recebeu cerca de 13 bilhões de reais em 2008 contra cerca de 100 bilhões do agronegócio. [Assim, no jogo político pelas verbas federais, o Ministério da Agricultura está goleando o Ministério do Desenvolvimento Agrária pelo escore de 100 a 13. Um "chocolate", como se diz na linguagem do futebol.]Portanto, essa pobre, marginal e odiada agricultura tem peso econômico, social e uma sustentabilidade muito maior que os grandes empreendimentos. Retire os 100 bilhões de suporte público do agronegócio e veremos qual é realmente sua sustentabilidade, inclusive econômica. Retire as unidades familiares produtivas dos frangos e suínos e vamos ver o que sobra das grandes empresas que se alicerçam em sua produção.Mas, a agricultura familiar continua perdendo espaço. A concentração da terra aumentou e diminuiu o espaço dos pequenos. A tendência, como dizem os cientistas, parece apontar para o desaparecimento dessas atividades agrícolas.Porém, saber produzir comida é uma arte. Exige presença contínua, proximidade com as culturas, cuidado de artesão. O grande negócio não tem o “saber fazer” dessa agricultura de pequenos. E, bom que se diga, não se constrói uma cultura agrícola de um dia para o outro. A Venezuela, dominada secularmente por latifúndios, não é auto suficiente em nenhum produto da cesta básica. Exporta petróleo para comprar comida. Chávez, ao chegar ao poder, insiste em criar um campesinato. Mas está difícil, já que a tradição é fundamental para haver uma geração de agricultores produtores de alimentos.O Brasil ainda tem – cada vez menos – agricultores que tem a arte de plantar e produzir comida. No Norte e Nordeste mais a tradição negra e indígena. No Sul e Sudeste mais a tradição européia de italianos, alemães, polacos, etc. É preciso ainda considerar a presença japonesa na produção de hortifrutigranjeiros nos cinturões das grandes cidades.Preservar esses agricultores é preservar o “saber fazer” de produtos alimentares. Se um dia eles desaparecerem, o povo brasileiro na sua totalidade sofrerá com essa ausência. Para que eles se mantenham no campo são necessárias políticas que os apóiem ostensivamente, inclusive com subsídio, como faz a Europa.Do contrário, se dependermos do agronegócio, vamos comer soja, chupar cana e beber etanol.

Artigo de Roberto Malvezzi, assessor da Comissão Pastoral da Terra (CPT), colaborador e articulista do portal EcoDebate

domingo, 25 de outubro de 2009

O BLOG APOIA MUJICA


O nosso blog apoia Mujica-Astori para a presidencia do Uruguai e a lista 90 do Partido Socialista. Estamos junto aos companheiros do vizinho país, por que acreditamos em uma América Livre e cada vez mais socialista.

José 'Pepe' Mujica, dirigente histórico da guerrilha urbana Movimento de Libertação Nacional Tupamaros (MLN-T) é o favorito para vencer as eleições deste domingo no Uruguai, como candidato da coalizão governista de esquerda Frente Ampla.
Com 74 anos, senador e ex-ministro da Fazenda, Mujica teve uma vida difícil, mas agora se dedica, além da política, a plantar hortaliças em uma fazenda do noroeste de Montevidéu.
Foi um dos fundadores da guerrilha tupamara surgida no início dos anos 60 como grupo clandestino que tentava desmontar pela via armada o Estado "burguês" e o sistema capitalista. Porém, hoje mostra-se mais moderado.
'Pepe' Mujica, que levou nove tiros, ficou preso em 1970 e participou da fuga em massa da Prisão de Punta Carretas em setembro de 1971.
Foi recapturado e, em 1972, quando as forças conjuntas (policiais e militares) derrotaram o aparato militar tupamaro, passou a ser um dos denominados "reféns da ditadura (1973-1985), que permaneceram presos em diferentes penitenciárias do país em condições desumanas".
Em 1985, com a restauração da democracia, foi anistiado pelo governo de Julio Sanguinetti (1985-1990 e 1995-2000).
Casado com a senadora e também tupamara Lucía Topolansky e sem filhos, Mujica foi o primeiro dirigente histórico do MLN-T a entrar para a Câmara dos Deputados em 1995, após um rearranjo político dos ex-guerrilheiros que se envolveram no sistema político e, em 1999, se incorporou à Frente Ampla.
Após as eleições de 1999, passou a ocupar uma cadeira no Senado e, em 2005, quando a FA, com Tabaré Vázquez, assumiu o primeiro governo de esquerda da história do país, o grupo de Mujica foi o mais votado dentro da coalizão.
Desde então, foi ministro da Fazenda, Agricultura e Pesca (cargo que ocupou até março de 2008) e voltou para o Senado, onde lançou sua candidatura à presidência. Vamos de Frente Amplio !

MANIFESTO DE APOIO AO MST

Intelectuais do Brasil e do exterior divulgaram nesta sexta-feira, 23, um manifesto em defesa dos Movimento dos Sem-Terra (MST) e contra a CPI.De acordo com o documento, está em curso no Brasil "um grande operativo político das classes dominantes objetivando golpear o principal movimento social brasileiro, o MST". No fundo, diz o texto, "prepara-se o terreno para mais uma ofensiva contra os direitos sociais da maioria da população brasileira".
Entre os signatários do manifesto aparecem os escritores Eduardo Galeano, do Uruguai, e Luiz Fernando Veríssimo. Também estão na lista o crítico literário e professor aposentado Antonio Candido, o cientista político Chico de Oliveira e o filósofo Paulo Arantes. Até o final da tarde de desta sexta-feira, cerca de cem pessoas já haviam assinado o manifesto, que está circulando por diversos países. Em Portugal ele ganhou a adesão do sociólogo Boaventura de Souza Santos, um dos ideólogos do Fórum Social Mundial.
O manifesto critica a cobertura dada pela mídia. "A mídia foi taxativa em classificar a derrubada de alguns pés de laranja como ato de vandalismo. Uma informação essencial, no entanto, foi omitida: a de que a titularidade das terras da empresa é contestada pelo Incra e pela Justiça", diz o texto. E mais adiante acrescenta: "Na ótica dos setores dominantes, pés de laranja arrancados em protesto representam uma imagem mais chocante do que as famílias que vivem em acampamentos precários, desejando produzir alimentos."
O manifesto foi redigido por um grupo de apoiadores do MST no Rio. Quando começou a circular ganhou rapidamente adesões em universidades brasileiras e do exterior. Segundo o sociólogo Ricardo Antunes, da Unicamp, um dos signatários do documento, o MST é respeitado internacionalmente como um dos movimentos sociais mais importantes do mundo. "É inaceitável a iniciativa de criminalizá-lo e empurrá-lo para a clandestinidade", disse ele ao Estado. "É inaceitável também que este Congresso, que chegou ao fundo do poço e cujo presidente tenta cercear o trabalho da imprensa, impedindo a divulgação de informações sobre sua família, se julgue no direito de policiar e tentar sufocar o movimento."
O texto endossa a tese defendida pela liderança do MST de que o principal objetivo da CPI é tirar do foco o debate sobre a revisão dos índices de produtividade no País, que estão em vigor desde 1975. "A revisão dos índices evidenciaria que, apesar de todo o avanço técnico, boa parte das grandes propriedades não é tão produtiva quanto seus donos alegam e estaria, assim disponível para a reforma agrária."

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

FRENTE AMPLO FAVORITO NO URUGUAI


Montevideo, 22 out (Prensa Latina) O governamental Frente Amplo (FA) mantém hoje a maior intenção de votos do eleitorado uruguaio a três dias das eleições gerais, de acordo com os resultados dos últimas sondagens de FACTUM e CIFRA.Enquanto a consultora FACTUM concede 46 por cento de preferência, CIFRA registra 49 unidades percentuais a favor da fórmula da FA, integrada por José Mujica e Danilo Astori.A dupla do Partido Nacional (PN), Luis Alberto Lacalle-Jorge Larrañaga, conserva sua tendência e segundo os dados das citadas consultoras, os prognósticos de voto oscilam entre 29 e 32 por cento.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

A IRRESPONSABILIDADE DA ELITE GAUCHA

No dia seguinte à vitória de Germano Rigotto nas eleições de 2002, o jornal Zero Hora publicou um editorial saudando a derrota do governo Olívio Dutra (PT), que teria mergulhado o Estado em conflitos, e a vitória do candidato “pacificador” do PMDB. O mesmo discurso foi repetido por lideranças empresariais do Estado que apontavam o futuro governo Rigotto como uma oportunidade para a retomada de um clima de paz propício aos negócios. Esse discurso ignorava completamente o desempenho econômico do Estado no período do “governo de conflitos” (1999-2001).
Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação de Economia e Estatística (FEE), entre 1999 e 2001, o PIB industrial gaúcho cresceu seis vezes mais que o do Brasil, governado então por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). O crescimento do Estado neste período foi de 11,7% contra 1,7% do país (e –4,7% no período entre 1995 e 1998, do governo Antônio Britto). No mesmo período, o PIB agropecuário gaúcho cresceu 23,8%, contra 16,9% do país e 4,3% do governo Britto.
Com a vitória da RBS e de seus agentes políticos “pacificadores”, foi retomada no Estado a cultura da “gestão modernizadora do Estado” que tinha no empresário Jorge Gerdau Johhanpeter e seu mítico PGQP (Programa Gaúcho da Qualidade e Produtividade) um de seus principais gurus. A era do PGQP atravessou o governo Rigotto, chegou ao governo Fogaça, em Porto Alegre, e prosseguiu no governo Yeda Crusius, combinado com o anunciado “novo jeito de governar”. Foi no governo Rigotto também, em 2003 para ser mais preciso, que, segundo o Ministério Público Federal e a Polícia Federal, iniciou o esquema de fraude que acabaria desviando cerca de R$ 44 milhões do Detran. Um dos principais acusados de chefiar o esquema, o deputado federal José Otávio Germano (PP) era então o secretário da Segurança Pública, substituindo o “conflituoso” José Paulo Bisol.
No último domingo, o mesmo jornal Zero Hora publicou uma matéria tratando da queda do PIB gaúcho na última década e da perda de poder econômico do Estado no cenário nacional. No plano político então, a situação é ainda pior. O Rio Grande do Sul não só perdeu poder político como virou tema de chacota nacional, graças ao desastrado governo de Yeda Crusius. Um governo onde o partido da governadora que anunciou um “novo jeito de governar” chega ao seu terceiro ano contratando uma empresa para ajudar a “construir um modelo de governo”.
Os responsáveis pela decadência política e econômica do RS na última década procuram agora esconder sua responsabilidade pelo que está acontecendo, como se tudo não passasse de um acidente da natureza. Onde está o balanço da RBS sobre as posições políticas que abraçou na última década? E as fórmulas milagrosas do Sr. Gerdau (sempre ávido em conquistar “incentivos” fiscais), contribuíram no que mesmo para o desenvolvimento do Estado? E os padrinhos políticos de Yeda Crusius e seu grupo, por que se esforçam agora em não aparecer ao lado da governadora? Qual o balanço do senador Pedro Simon que selou seu apoio a Yeda com um carinhoso beijo na testa?
Silêncio. Silêncio é a resposta a todas essas questões. A chamada “elite” gaúcha revela-se absolutamente irresponsável. Literalmente irresponsável. Não responde por seus atos e por suas escolhas. E tenta continuar aparecendo como portadora da mensagem do progresso e da modernidade, apoiada em agentes políticos que elevaram a mediocridade e a covardia a alturas nunca dantes navegadas. É assim que está o Rio Grande do Sul neste início do século XXI.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

CÂMARA PEDE AO PREFEITO INTERVENÇÃO NA SANTA CASA

Em sessão ordinária realizada no dia de hoje (19/10), a Câmara de Vereadores aprovou um requerimento assinado pelos vereadores da Comissão de Infraestrutura do Poder Legislativo Municipal, solicitando a intervenção do prefeito municipal na Santa Casa de Misericórdia. Aprovado por unanimidade, o documento pede ao chefe do Poder executivo municipal que, diante da gravidade do quadro administrativo e funcional da instituição, proceda imediatamente a intervenção, de modo a criar as condições para levantar a interdição do Cremers, que impede o exercício da profissão dentro da instituição. O presidente da Comissão de Infraestrutura, vereador Glauber Lima (PT), afirmou que “o poder legislativo está indicando ao prefeito Wainer um caminho que nesse momento parece ser o único capaz de criar as condições para que a Santa Casa volte a funcionar. Estamos propondo a intervenção e queremos compartilhar solidariamente a responsabilidade por essa ação. Vamos usar de todos os meios políticos para reverter esse quadro e viabilizar o hospital – disse Glauber.
Nesta terça-feira, a partir das 10h, haverá a concentração para uma caminhada em defesa da Santa Casa. A caminhada partirá da frente do hospital, e percorrerá as principais ruas da cidade. O Sindicato dos Trabalhadores na Saúde está convocando a toda a comunidade para se somar no evento, de modo que ele expresse a indignação da população com a atual situação. Após a caminhada, os vereadores entregarão um documento ao Ministério Público, pedindo uma ação contundente do Poder Judiciário na busca da retomada do funcionamento do hospital.

domingo, 18 de outubro de 2009

COMPANHEIRA ZÉLIA!

Uma mulher, aguerrida, engajada na luta social sem medir esforços para que através da educação transformadora tivéssemos mais cidadania e por consequência uma sociedade mais justa . É desta forma, na condição de um ex-aluno saudoso de uma professora que muito marcou sua vida e de um militante político que com ela muito aprendeu , que defino a companheira Zélia , como sempre fez questão de ressaltar o ex-governador Olívio Dutra,com seu sotaque missioneiro, ao se referir a brava professora Zélia Maria Vargas. Brava na defesa dos seus princípios ideológicos, brava no combate as desigualdades sociais, brava na luta que travou contra o câncer, mas sensível no trato com os milhares de alunos que ajudou a formar, sempre os estimulando a leitura e com aqueles com os quais conviveu, seus amigos e familiares e até mesmo com aqueles que não comungavam da sua ideologia mas que a admiravam e respeitavam. A Zélia coordenadora regional de educação, a Zélia professora de Português e Literatura, a Zélia mãe da Juliana, do Ramires e do Camilo, a companheira do Santaninha, a Zélia militante social e política, cumpriu com a sua tarefa na vida terrena e deixa muitas saudades, mas acima de tudo muitas lições. Lições que servem para mudar vidas como a do incentivo a leitura como forma de conhecimento, visão de mundo e de uma escrita capaz de poder ser chamada de texto. Zélia defendia que era preciso ler no mínimo um livro por mês e passava isto para todos nós seus alunos. Muitas vezes ouvi este aconselhamento, quando seu aluno no curso de Redator, no Liberato. É justamente este aprendizado transformador que marcou a Zélia, pela suas atitudes e o sorriso fácil sempre estampado no rosto.Alguém que tinha a certeza de que estava contribuindo, fazendo a sua parte para melhorar o mundo.
Em campanhas políticas, nas vilas e bairros da cidade, militando ao lado da Zélia, sentia o carinho devotado a ela pelos seus alunos, ex-alunos e pais de alunos, enfim de todos os que dela se aproximavam, uma prova incontestável de que construiu com os seus ideais, uma trilha de admiração e respeito a sua trajetória. A dor da perda é intensa para toda esta gente, mas certamente a lembrança da sua forma de viver e daquilo que sempre ensinou e defendeu, serão mais fortes para que possamos suportar a sua ausência, ficando na memória a certeza de que é preciso continuar lutando e lendo muito, para poder entender o mundo e acima de tudo para renovar a esperança de que esta sociedade justa, a qual tanto a Zélia defendeu é possível sim, desde que exista o envolvimento e o comprometimento daqueles que como ela acreditam em um mundo mais humano e solidário. Esteja onde estiver a companheira Zélia certamente estará ao lado dos justos e combatendo as desigualdades sociais, conquistando a sua paz de espírito. Zélia Maria Vargas construiu a sua história e brilhará como uma estrela, estrela que sempre carregou no peito, para todo o sempre.

sábado, 17 de outubro de 2009

TCE APONTA IRREGULARIDADES NOS GASTOS COM PUBLICIDADE NO GOVERNO YEDA

Matéria de Rodrigo Alvares, do Estado de São Paulo, trata do parecer do Tribunal de Contas do Estado do Rio Grande do Sul apontando uma série de irregularidades nos gastos do governo Yeda Crusius (PSDB) com publicidade, que chegaram a R$ 168, 358 milhões em 2008. Entre os pontos criticados pelo TCE, está o constante aumento de participação de empresas estatais gaúchas. A matéria afirma:
“O Ministério Público de Contas do RS considerou irregular a suplementação das despesas com publicidade das empresas estatais em 102,66%. Isso significa que dinheiro destinado para outras áreas foi usado para aumentar o orçamento da comunicação. Conforme a Constituição Estadual, é preciso que o governo tenha a autorização da Assembleia Legislativa para executar esse tipo de ação,o que não aconteceu.
Em 2004, a participação do governo (incluindo-se os poderes Legislativo, Judiciário, Ministério Público, Autarquias e Fundações), respondia por 51,76% do total contra os 48,24% das estatais. Já em 2008, a participação do governo foi reduzida para 32,65% e as empresas passaram a ser responsáveis por 67,35% do total dos gastos com propaganda. A situação foi especialmente influenciada pelo incremento ocorrido nas cinco empresas estatais (Banrisul, CEEE, Corsan, Caixa Estadual - Agência de Fomento e Sulgás) que responderam pelos maiores gastos no exercício de 2008.
O orçamento de 2008, enviado pela governadora Yeda Crusius, tinha suas receitas previstas em R$ 21,3 bilhões - o que corresponde a 8,4% do valor investido em publicidade. Para o mesmo período, o governo de São Paulo consumiu R$ 96,8 bilhões - sendo que R$ 181,6 milhões foram gastos na área, o equivalente a 1,87%.
À época da aprovação do orçamento 2008, no fim de julho deste ano, o TCE era presidido por João Luiz Vargas, que renunciou ao cargo em setembro. Ele é um dos nove réus em ação de improbidade administrativa ajuizada por procuradores da República junto à 3ª Vara da Justiça Federal de Santa Maria e teve a quebra de sigilo fiscal e bancário autorizada pelo Superior Tribunal de Justiça (STF). Na última quinta-feira, a 4.ª Turma do Tribunal Regional Federal (TRF) da 4.ª Região (RS, SC, PR) excluiu a governadora do processo.
O procurador-geral do MPC-RS, Geraldo Da Camino, criticou a suplementação das despesas com publicidade e condenou a utilização das empresas estatais para a divulgação de ações do governo estadual. De acordo com seu parecer, “o contumaz descumprimento da prescrição constitucional e legal preocupa, ainda mais quando se constata que as chamadas estatais responderam por 67,35% (R$ 113,387 milhões) do total investido em gastos dessa natureza e porque custeiam amplamente ações institucionais do governo”.
Ao Estadao.com.br, Da Camino disse que “o mais grave não é nem o valor, mas porque foi maior que o orçamentado”. Entre as empresas estatais, destaca-se a verba destinada ao banco estatal Banrisul: R$ 92 milhões do total.
Em resposta a questionamentos sobre os critérios de escolha para a alocação das verbas de publicidade, a ouvidoria do banco público respondeu, por e-mail, que “a assessoria de marketing trabalha com critério de priorização e planejamento anual de eventos e patrocínios cujos respectivos públicos-alvo encontram-se diretamente integrados ao plano de marketing do Banco, que, por sua vez, está estritamente vinculada aos períodos ideais de veiculação de ações promocionais e de propaganda dos produtos e serviços do Banco”.
Entretanto, após analisar as solicitações, os pareceres são enviados para a aprovação da diretoria. O último passo é encaminhar ao Palácio Piratini. “Portanto, todas as ações são aprovadas também pelo Comitê de Comunicação Social do Governo do Estado”, esclarece a ouvidoria. Contatada por telefone, a assessoria de marketing do Banrisul se recusou a detalhar os critérios e valores entregues a profissionais porque todas as informações financeiras do Banrisul estão sob a égide da Lei Complementar 105, que trata do sigilo bancário.
Uma funcionária de alto escalão da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan) confirma a existência de critérios políticos para a alocação de verbas de publicidade nas estatais. “Os critérios são muito políticos. A governadora decide para onde tudo deve ser investido. Precisamos da autorização da Comunicação dela, o dinheiro para patrocínios passa direto pelo Piratini”, disse a fonte. CEEE, Caixa RS e Sulgás não responderam aos contatos feitos pela reportagem até o momento, assim como o governo do Rio Grande do Sul.
Gestão de imagemUma das modalidades mais polêmicas dos gastos das estatais em publicidade é o patrocínio a jornalistas locais através de anúncios em sites e blogs para “melhorar a imagem do governo”, como afirmam fontes ligadas a essas empresas. De acordo com um publicitário gaúcho que prefere não se identificar, “a defesa que alguns destes jornalistas fazem da governadora chega a ser constrangedora”.

sábado, 10 de outubro de 2009

O GOLPE

Por Adão Paiani (*)

Em uma de suas costumeiras crises e desvarios, a ex-Governadora em exercício, Yeda Rorato Crusius, desistiu da viagem que faria aos Estados Unidos, onde deveria visitar seus familiares e, secundariamente, tratar de assuntos do Estado. A dirigente do Executivo gaúcho alegou para a mudança de planos, segundo divulgado pela mídia amiga, o risco de um golpe articulado pelo Vice-Governador Paulo Afonso Feijó e seus apoiadores.
A ilustre mandatária do Estado gaúcho deve acreditar piamente estar à frente de um projeto de república bananeira, onde um governante é retirado de pijama do Palácio, enfiado em um avião e despachado para o exterior sem a menor cerimônia. É bem verdade que vontade e motivos sem dúvida não faltariam, à imensa maioria dos gaúchos, para cometer tamanho descalabro; pelo menos a julgar pelas últimas pesquisas de opinião. E isso realmente justifica o medo da progenitora-maior do Estado.
Mas ao agirmos assim, certamente estaríamos nos colocando no mesmo nível de indigência intelectual e cidadã, violando nossos conceitos de república, respeito à lei, à justiça e à liberdade que temos a muito custo defendido frente à sanha, as sandices e aos desmandos de um governo definitivamente pérfido, vergonhoso e enlouquecido. Acreditamos demais na democracia para isso, ao contrário de alguns.
Aliás, talvez a verdadeira vocação de YRC seja governar um Estado onde tudo seja possível, inclusive desatinos como o que teme. Um Estado onde a lei, a justiça e a democracia fiquem a disposição dos arroubos do mandatário de plantão. Onde a ordem jurídica seja usada para justificar a ditadura de pretensas maiorias.
Onde governos desmoralizados sejam carregados pelo amparo de meios de comunicação condescendentes, subservientes e vendidos a interesses espúrios. Onde elites retrógradas que não conseguem enxergar nada além de seus próprios bolsos, se disponham a beijar as mãos de qualquer enlouquecido que se preste a garantir, mesmo que momentaneamente, seus interesses.
Onde parlamentares sem o mínimo compromisso com a democracia, que garante seus mandatos, e com absoluto desrespeito aos cidadãos que os elegeram, e ainda menos pelo conjunto da sociedade, prestem-se a papéis vergonhosamente lamentáveis. Onde governantes sem a mínima condição moral e intelectual de discernir os limites do público e do privado, se locupletem à custa de um patrimônio que é de todos, e ainda se prestem a defender isso da forma mais desavergonhada possível; debochando daqueles que pagam seus salários e pufes verde-limão.
Talvez o receio da Governadora seja que o clima de “Casa da Mãe - Joana”, no qual ela e seus asseclas transformaram o Estado, se volte definitivamente contra seus interesses. Talvez tema que tenhamos nos transformado em um Estado onde os interesses daqueles que pagam a conta seja o que menos importa. Onde uma história e tradição republicana sejam rasgadas e enxovalhadas diariamente, justamente por aqueles que juraram defendê-las.
A Governadora não deve temer. Apesar de todos os seus esforços e de seu Governo, ainda resta dignidade e respeito à lei nos corações e nas mentes de milhões de gaúchos. Se ela tiver que deixar um lugar, ao qual perdeu as condições de ocupar, e onde está não por direito divino, como parece pensar, e sim pela vontade de uma maioria que a elegeu, dentro de um processo que é a essência da própria democracia; será dentro da lei, e não na marra.
Pode viajar tranqüila, Senhora Governadora. Ficaremos bem sem a sua presença. Pode acreditar.

(*) Advogado, Ex-ouvidor da Secretaria de Segurança Pública do Rio Grande do Sul.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

EMILIA NO BLOG DA DILMA


O Blog da Dilma que tem Daniel Pearl como editor geral e Jussara Seixas como editora,vem difundindo o nome da companheira Dilma por todo o Brasil. Hoje é endereço certo para aqueles que acompanham a ministra no seu dia a dia,sendo visitado por profissionais da imprensa,petistas,internautas avidos por noticias da companheira Dilma,blogueiros e curiosos em geral.O nosso blog repete na integra a entrevista da deputada Emilia Fernandes -por sinal uma entrevista muito bem elaborada e de excelente conteúdo-a este importante blog da midia alternativa nacional.

1) Como Vossa Excelência analisa o quadro político do Estado do Rio Grande do Sul?

Deputada Emília Fernandes - Considero que a situação política no meu estado é extremamente grave. Sabemos das limitações financeiras estruturais e do reflexo disso nas questões orçamentárias, mas o déficit zero do governo tucano é um truque, basta não pagar as contas, não valorizar o funcionalismo e não fazer investimentos. A governadora prometeu um novo modo de governar e pelo contrário, a novidade no RS foi uma sucessão de escândalos como nunca ocorreu na história do Estado. Destaque-se que eles não foram apontados pela oposição. As primeiras denúncias partiram de pessoas de dentro do seu próprio governo e de sua equipe de campanha.
O Estado está assistindo o desenrolar da CPI da Corrupção com uma diferença muito significativa: a Justiça acatou denúncia feita pelo Ministério Público Federal (MPF). Foi por isso que a Assembléia Legislativa (AL), através de sua Mesa Diretora, aceitou o pedido de impeachment apresentado pelo Fórum dos Servidores Estaduais. O Estado e a AL aguardam o parecer da relatoria, feita por um quadro do PSDB e o acatamento ou não da recomendação de seu engavetamento. Os membros da CPI ainda têm um imenso trabalho pela frente, mas não silenciarão em quaisquer dos impasses que se colocam a cada momento, dificultando a composição do acervo da ouvida geral dos envolvidos, do depoimento das testemunhas e do cotejo dos esclarecimentos das denúncias de irregularidades. Porém, várias evidências e a intrincada rede de relacionamentos entre os entes públicos e entidades já começam a abafar o “chalreio” daquele longo e cumprido bico tucano. A governadora contra-atacou com o pedido de impedimento de seu vice, Paulo Feijó. O presidente da Assembléia, deputado Ivar Pavan, do PT, sequer considerou sua tramitação, arquivando-o dia 6 de outubro. Yeda também se revelou profundamente autoritária e insensível para lidar com os movimentos sociais. O funcionalismo e o magistério são tratados como inimigos. A governadora adotou uma política de criminalização dos movimentos sociais, como se vivêssemos ainda no tempo da ditadura.

2) Quais as possibilidades do PT eleger o novo governador?

Deputada Emília Fernandes - Quanto às possibilidades de o PT eleger o novo governador, elas devem ser consideradas por dois ângulos: por um lado, está evidente a fragilidade do atual governo e de seus aliados. Por outro lado é preciso atentar para uma característica muito forte da política gaúcha. O nosso Estado sempre foi muito polarizado politicamente. Isso quer dizer que, sem uma sólida política de alianças, o PT terá mais dificuldades para vencer. Por isso, afirmo que as perspectivas de vencermos estão condicionadas à construção de uma candidatura que privilegie as alianças. Tarso está liderando as pesquisas de intenção de voto no Estado, o que é bastante sintomático. Entretanto, não devemos considerar este fato isoladamente - pois, como sabemos, pesquisa é uma fotografia de um determinado momento – sem contingenciar estes resultados temporários, e, portanto inconclusíveis, à abertura, à conquista e à ampliação do desejável e necessário leque de alianças. A nova circunscrição do PT no Estado (e no país) está a exigir novas leituras políticas conjunturais e estruturais, sob a ótica de um país que se consolida como Nação. Os aperfeiçoamentos programáticos na relação com o campo popular e democrático e setores progressistas da sociedade, requerem um amplo diálogo com o setor produtivo e o empresariado em geral, atento à agenda ambiental e energética. Já aprendemos que não se pode pensar em democracia sem dividir as responsabilidades e as tarefas com outras agremiações partidárias e setores por elas representados. O sucesso do governo Lula está aí, mostrando como num país com dimensões continentais, a política deve ser conduzida. O nosso candidato Tarso Genro tem a mesma visão e com sua experiência e capacidade de articulação têm todas as condições programáticas para conquistar aliados e se tornar o governador do Rio Grande em 2010. E eu estarei ao seu lado para fazer o Estado recuperar tudo aquilo em que retrocedeu nos últimos governos e avançar com ética, determinação e igualdade.

3) O Brasil quebrou como falavam os tucanos e parcela da mídia brasileira?

Deputada Emília Fernandes - Os que apostavam nisso tiveram que morder a língua. A crise mundial, obviamente, teve reflexos no Brasil, mas as medidas adotadas pelo governo Lula sustaram o pânico representado por uma recessão quase imponderável. O Brasil deve ser um dos poucos países do mundo a fechar 2009 com PIB positivo. Por não confundir governo e Estado, Lula foi dando concretude ao entendimento de que os governos são instrumentos de fortalecimento do Estado, mediante a implantação de políticas de interesse nacional - sociais, educativas, culturais, econômicas, a política externa independente, entre tantas outras. Hoje, o governo arrecada mais e melhor, canalizando recursos para o desenvolvimento econômico e as políticas sociais. Diminui a taxa de juros, reduz a remuneração do capital especulativo e a transferência de renda ao capital financeiro. As empresas estatais estão mais fortes e mais eficientes e o freio às privatizações, que quase vitimaram o Brasil nos acordos assinados com o FMI por FHC. O país está mais com a cara de seu povo. Vivemos outro projeto nacional. E o Brasil pode perceber, claramente, as diferenças entre os dois modelos que se sucederam na Presidência da República.

4) Quais foram os avanços do Governo Lula durante esses anos no poder?

Deputada Emília Fernandes - A revista inglesa The Economist, a bíblia dos liberais, dá a mão à palmatória e elenca uma série de medidas para a boa forma da economia brasileira: a manutenção do nível da dívida pública abaixo dos 40% do PIB, a troca da moeda estrangeira por títulos em real nos empréstimos, o acúmulo de US$ 200 milhões em reservas internacionais para proteger o real e a redução da taxa básica de juros, são algumas delas. O Estado brasileiro hoje é muito mais democrático, mais integrador e provedor de direitos para homens e mulheres. Índios, negros, crianças, adolescentes, idosos, portadores de deficiência, sem teto, sem terra, sem alimento, mulheres, aposentados, categorias profissionais, sindicatos, opositores, jamais tiveram o espaço que hoje detém no cenário nacional para se manifestar e (re) construir o discurso da inclusão cidadã em todos os níveis. As ações que o Governo Lula, vem efetuando em todas as áreas permitiram que mais de 50 milhões de brasileiros e brasileiras melhorassem de vida, sendo que 20 milhões de famílias saíram da pobreza e migraram para a classe média. Lula criou novas universidades públicas federais; criou o ProUni; expandiu o ensino profissionalizante, com a criação de mais de 150 escolas técnicas federais e o Programa de Luz para Todos levou qualidade de vida e a esperança à milhões de moradores do campo, é um dos exemplos bem sucedidos. A agricultura familiar tem sido valorizada e o orçamento do Pronaf fortalecido. Com a implementação do PAC, serão investidos bilhões de reais para reforçar a infra-estrutura, fortalecendo a política de estímulo ao setor privado, com geração de emprego e melhoria de vida da população. Nosso governo orientou a Petrobras a ampliar os investimentos, empresa com capacidade científica e tecnológica reconhecida mundialmente, está aí o Pré-Sal. O salário mínimo teve aumento real de 46% desde 2003, o magistério conquistou o piso nacional e, ainda reduziu IPI, IOF e o Imposto de Renda dos assalariados. Em resposta à crise mundial, o governo federal, lançou o programa de habitação popular, “Minha Casa, Minha Vida”, reconhecido como a mais importante iniciativa do setor na história do Brasil. O mercado de trabalho aponta números claros: entre janeiro de 2003 e janeiro de 2009, o desemprego (Seade-Dieese) foi reduzido de 18,6% para 12,5% (redução de 33%). Foram gerados 7,7 milhões de empregos formais. Temos que reconhecer que falta muito que fazer, mas a agenda positiva brasileira é exemplar. Tarso Genro, elaborador e gestor de macro-políticas nas áreas em que atuou em âmbito federal e sua experiência executiva na Prefeitura de Porto Alegre, eleito que foi duas vezes prefeito, sem dúvida, é um quadro político dos mais preparados do país para governar o Rio Grande do Sul, pela sua importância estratégica para o Brasil e América Latina, em especial, o bloco dos países que integram o MERCOSUL. Se eleito, estarei ao seu lado. Ajudando a enfrentar e superar problemas com a agenda positiva de um novo Rio Grande que queremos colocar à serviço e à disposição da soberania popular.

5) O que representou para o povo brasileiro, o pagamento pelo Governo Lula da dívida com o FMI e o Clube de Paris?

Deputada Emília Fernandes - O Brasil novamente está fazendo história com o empréstimo de 10 bilhões de dólares ao FMI, e a quitação, lá em 2006, da dívida com o Clube de Paris, de US$ 2,6 bilhões. Penso que esta decisão foi gestada com requintes típicos de um estrategista como Lula, e sua aguçada visão voltada para o futuro. Como se sabe, o Brasil pleiteia uma vaga permanente na ONU. Da condição de devedor, o país passa a ser credor do FMI, com apoio inclusive da oposição política e de setores tradicionalmente críticos à situação. Isso tem um significado muito grande, tanto em âmbito nacional como internacional, pois muda a correlação de forças, reafirmando o papel do Brasil como uma das principais e sólidas economias de mercados emergentes, ajudando a outros países em dificuldades extremas. Mesmo estando livre das dívidas com o FMI, o Brasil ainda possui uma dívida externa, no entanto, esta é a primeira vez em que temos condições de ajudar outras nações.

Visite o site da Deputada Emília:http://emiliafernandes.com/site/

6) Em sua opinião o presidente Lula fará o seu sucessor em 2010?

Deputada Emília Fernandes - Creio que as condições para a sucessão estão dadas, considerando o excelente desempenho dos dois mandatos conduzidos por Lula. O governo federal proporcionou o surgimento de um cenário político inédito para o País. A política brasileira está mudando radicalmente a olhos vistos. Nós temos uma candidata, a ministra Dilma Rousseff, que reúne amplas condições de levar adiante e ampliar o nosso projeto para o país. Na chefia da Casa Civil, a ministra vem demonstrando sua visão ampla, moderna e consistente sobre o Brasil, seus desafios e soluções. Além disso, ela simboliza a esperança de milhares de mulheres brasileiras que vêm assumindo um protagonismo na sociedade brasileira. A começar pelas camadas mais pobres, onde as mulheres quase sempre lideram e sustentam seus lares e famílias. Mesmo num ambiente de novidades e mudanças como as que estamos vivendo, tenho a convicção de que a Dilma representa este “conteúdo inovador da política brasileira”, correspondente às exigências da contemporaneidade. Sempre defendemos que “lugar de mulher é na política”, ocupando espaços de poder e de decisão e, construindo cada vez mais através da perspectiva de gênero, novos avanços nas políticas públicas e na divisão das riquezas do país. Dilma tem todos os sentidos apurados na política e também reserva para si um valor fiduciário por todos reconhecido, no saber cuidar das coisas que dizem respeito ao desenvolvimento, sempre com o olhar atento ao meio ambiente e à melhoria da educação. A disposição do nosso partido é debater um programa de governo e estabelecer compromissos políticos com o país, estabelecendo uma aliança estratégica com o povo, com a intelectualidade progressista, com os movimentos sociais e com os partidos. O povo brasileiro deseja e o Brasil merece reeleger o projeto democrático-popular que está dando certo, liderado pelo presidente Lula. Tenho convicção e fé que cresceremos com solidez e iremos para a disputa em condições de vitória. Temos uma candidata à altura dos desafios que se colocam e o reconhecimento nacional da capacidade política e administrativa para administrar nosso país. Por isso, estou plenamente confiante e professo a opinião de que venceremos as eleições presidenciais em 2010, no século destinado a ser ocupado por mulheres no comando.

7) Durante sua trajetória política, a senhora foi vereadora, senadora, ministra de Políticas para as Mulheres do governo Lula e atualmente é deputada federal. Comente um pouco sua atuação.

Deputada Emília Fernandes - Assumi meu mandato de Deputada Federal em fevereiro deste ano. Integro as Comissões de Desenvolvimento Urbano, a de Trabalho e Serviço Público e a de Participação Legislativa. Além de várias Frentes Parlamentares: em defesa da criança e do adolescente; da pequena e média empresa; do direito à igualdade LGBT; do piso nacional do Magistério; da Segurança Alimentar; dos Correios; da Petrobras, entre outras. Ocupo o cargo de Procuradora Adjunta da Procuradoria Especial da Mulher, instituída este ano na Câmara dos Deputados e Integro a CPI que investiga o desaparecimento de crianças e adolescentes. Sou autora da Lei 12. 006/2009, que incluiu no Código de Trânsito Brasileiro, mecanismos para a veiculação de mensagens educativas de trânsito nas peças publicitárias de produtos automotivos, em todo o Território Nacional. No Senado, conquistamos um importante espaço de valorização das mulheres, com a instituição do Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz, de minha autoria, que anualmente destaca mulheres com trabalho na área dos direitos humanos e nas questões de gênero.Na SPM – Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres da Presidência da República, propusemos a Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (já realizadas em 2004 e 2007); a instalação de número telefônico para denuncia de violência contra as mulheres, Lei 10714/03, de minha autoria - hoje 180 e a criação da ouvidoria. Também a elaboração do Programa Nacional de Prevenção, Assistência e Combate à Violência contra as Mulheres, lançado em 2003, pelo Presidente Lula.
Neste ano a Câmara aprovou na LDO/2010, emendas de minha autoria que visam à destinação de recursos para o Bioma Pampa; para o enfrentamento à violência contra as mulheres e para a melhoria de trecho da malha metroviária da grande Porto Alegre.Temos realizado um intenso trabalho de articulação para a aprovação da PEC 047/03, que prevê a inclusão da Alimentação como direito social, na Constituição Brasileira e da PEC 590/06 que inclui mulheres na Mesa da Câmara e do Senado e nas Comissões, entre outros vários temas.rograma Nacional de Prevenção, Assistência e Combate à Violência contra as Mulheres, lançado em 2003, pelo Presidente Lula. Neste ano a Câmara aprovou na LDO/2010, emendas de minha autoria que visam à destinação de recursos para o Bioma Pampa; para o enfrentamento à violência contra as mulheres e para a melhoria de trecho da malha metroviária da grande Porto Alegre.Temos realizado um intenso trabalho de articulação para a aprovação da PEC 047/03, que prevê a inclusão da Alimentação como direito social, na Constituição Brasileira e da PEC 590/06 que inclui mulheres na Mesa da Câmara e do Senado e nas Comissões, entre outros vários temas.
O Blog da Dilma agradece a deputada petista do Rio Grande do Sul, Emília Fernandes pela ótima entrevista dada ao nosso blog. Também ressaltar o carinho de toda equipe do seu Gabinete. As portas do Blog da Dilma estarão sempre abertas para nobre deputada. Atenciosamente, Daniel Pearl - editor geral; Jussara Seixas - editora.

FAMILIARES DE MULHERES VITIMAS DA VIOLÊNCIA DEBATERÃO IMPUNIDADE

Por Jango Medeiros

- Uma sucessão de crimes bárbaros cometidos contra mulheres na fronteira de Livramento e Rivera nos últimos 15 anos não foram apagados da memória dos familiares das vítimas. Em 2007, o poder público municipal também fez menção de lembrar uma dessas mulheres, quando inaugurou no prédio que pertencia ao antigo presídio municipal o Centro de Referência da Mulher, dando nome ao órgão de Professora Deise, em alusão à Deise Charopen Belmonte, uma pedagoga de 23 anos que foi raptada, assassinada e esquartejada pelo namorado. O crime aconteceu em 1998 e teve repercussão nacional. O autor do homicídio, o açougueiro Edson Reina, de 33 anos, foi à júri popular e absolvido pelo conselho de sentença porque o inquérito policial, na época, não reuniu provas suficientes para incriminá-lo. Levado a um segundo julgamento a pedido do Tribunal de Justiça do Estado, o criminoso que era mais conhecido como Xirica fugiu e foi morar no Chile. Para denunciar a indiferença das autoridades e exigir a aplicação de leis mais severas para punir os culpados além do espaço de fronteira, representações da Marcha Mundial das Mulheres, Movimento Contra a Violência e a Impunidade de Livramento e o Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, estarão reunidos nesta quinta-feira (08/10/2009), no plenário da Câmara de Vereadores para debater a impunidade que cerca dezenas de assassinatos de mulheres ocorridos em Livramento. Está confirmada a presença no encontro do secretário adjunto de Segurança Pública, Rubens Edison Pinto. Entre os crimes cheios de mistérios e que provocaram grande perplexidade na fronteira está o da estudante Ellen Vanessa Oliveira dos Santos, 20 anos e do radialista Luciano Jorge, de 28. Após assaltados, os dois foram jogados numa pedreira de 35 metros de profundidade, no Cerro do Caqueiro, sobre a divisa de Livramento e Rivera. A mãe da jovem que coordena o Movimento Contra a Violência e a Impunidade, Cledi Munhoz diz que vai buscar explicações sobre as circunstâncias que envolveram o caso, pois as investigações policiais ainda não lhe convenceram. Três assaltantes e uma mulher, apontados como os principais suspeitos do duplo homicídio moram em Rivera e são considerados foragidos no lado brasileiro, desde 2006, quando aconteceu o crime. Outro caso que abalou a população santanense foi um triplo assassinato ocorrido em 2007, quando mãe, filha e neta foram mortas a golpes de martelo, no interior de suas casas, na Vila Safira. Os corpos estavam em estado de decomposição e não foi realizada perícia no local. O martelo, apontado como a principal arma do crime foi encontrada por um familiar das vítimas. Em maio deste ano, um suspeito chegou a ser preso em Canelones, próximo à Montevidéu, mas por envolvimento noutro homicídio. Outro crime que ainda hoje intriga os santanenses foi o da dona-de-casa Elisabeth Ribeiro dos Santos, 33 anos, ocorrido em setembro de 2003. O matador cortou a mulher em pedaços e jogou partes do corpo em diversos pontos da cidade. A cabeça foi achada dentro de um saco de supermercado no interior de um córrego, próximo à Praça Artigas e a mão da dona-de-casa foi deixada num orelhão no Parque de Exposições Augusto Pereira de Carvalho. Um suspeito que teria sido visto com a vítima antes do crime, chegou a ser identificado em Dom Pedrito, mas a polícia não conseguiu reunir provas suficientes para pedir sua prisão. ............................NOTA DO REDATOR:Obs.: O feminicídio - o assassinato por motivo de gênero - embora sem dados oficiais é notório na sociedade santanense. Embora sem dados oficiais, os crimes, deste tipo de violência, indicam que os assassinos utilizam armas brancas e outros tipos agressões físicas às vítimas, como socos e pontapés. São crimes que demonstram uma grande carga de ódio contra as mulheres: umas esquartejadas, outras mortas a facadas e até mesmo aquelas que depois de estupradas são estranguladas. LIVRAMENTO NÃO PODE ESQUECER A HISTÓRIA. NEM DEIXAR QUE AS AUTORIDADES DA SEGURANÇA, DO JUDICIÁRIO ESTADUAL E DO PARLAMENTO BRASILEIRO FIQUEM INDIFERENTES A ESSES EPISÓDIOS TRÁGICOS, SÓ COMPARÁVEIS ÀS BARBÁRIES PRATICADAS NA ERA MEDIEVAL.ESTAMOS EM 2009, SERÁ QUE REGREDIMOS COMO SOCIEDADE ? ...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

IMPACTOS DO LATIFUNDIO

César Benjamin * Alinhar ao centro( Publicado no site da Adital)

No nosso campo, quem gera emprego e produz comida é a agricultura familiar, mas é a que recebe menos apoio Apesar de sua extensão, o Brasil, durante séculos, foi um país de porte pequeno ou médio, com população concentrada no litoral e agricultura em polos exportadores ou em torno de centros urbanos. A hileia e o cerrado não contavam; a pampa e a caatinga contavam precariamente para uma pecuária extensiva e outras atividades. Nas últimas décadas tornou-se viável o acesso a um território muito maior. Onde havia um grande país geográfico surgiu um grande país efetivo. O pomo da discórdia da questão agrária tradicional -a terra agricultável- tornou-se abundante.Frustrou-se, mesmo assim, a expectativa dos desenvolvimentistas que associavam expansão da fronteira agrícola e democratização da propriedade. Por meios que não excluíram a grilagem e a violência, as regiões novas foram rapidamente dominadas pelos latifúndios. Muitos chegam a centenas de milhares de hectares, alguns à casa dos milhões, uma contribuição brasileira ao bestialógico universal. Propriedades privadas desse tamanho são impensáveis em qualquer outro país. Esse modo de ocupação territorial se associa a um modelo agrícola que privilegia monoculturas em grandes extensões, em geral voltadas para exportação. O Estado interveio com vigor para impulsioná-las, tendo em vista enfrentar o gargalo cambial da nossa economia, principalmente depois da escalada da dívida externa na década de 1980.Sob certos pontos de vista, como o da balança comercial e do impulso a uma cadeia industrial, foi um êxito. Sob outros, um desastre. Esse modelo exige anistia de dívidas a cada cinco anos; é um voraz consumidor de energia; espalha problemas ambientais; concentra renda; expulsa gente para cidades congestionadas.A agricultura é uma atividade fundamental, mas demanda cuidados quando praticada em larga escala. Ela é o aproveitamento, pelo homem, de espécies vegetais oportunistas, adaptadas a ambientes temporários: não desenvolvem estruturas maciças, crescem rapidamente e produzem muitas sementes. Monoculturas extensas substituem sistemas biológicos diversificados e estáveis por sistemas simplificados e instáveis, que exigem permanente aplicação de venenos, de fertilizantes e de outros insumos.O balanço dessa operação tende a ser negativo, mas isso não é visível a olho nu. O Censo Agropecuário divulgado nesta semana reafirmou o óbvio: no campo brasileiro, quem gera emprego e produz comida é a agricultura familiar, que em geral causa menos impacto ambiental.Ocupando 24% da área dos estabelecimentos rurais, diz o Censo, nela estão 75% da mão de obra ocupada no campo e dela saem 87% da produção da mandioca, 70% do feijão, 58% do leite e assim por diante. Apesar disso, é uma prima pobre, a que recebe menos apoio. Não financia campanhas eleitorais nem conta com lobbies. A área mais afetada pela voraz expansão do latifúndio moderno é o cerrado, que corresponde a 23% do país, do Maranhão ao Mato Grosso do Sul. Sem o charme da Amazônia, recebe pouca atenção, como se fosse um vazio. É um erro.Sempre houve ali uma agricultura camponesa. Estão ali 5% da biodiversidade do planeta. Bioma de contato entre todos os demais biomas brasileiros, por sua posição central, é a área de recarga das nossas três grandes bacias hidrográficas, a do São Francisco, a do Paraná e a do Araguaia-Tocantins. A rápida mutação, que inclui a desmedida expansão do eucalipto, devorador de água, compromete o regime hídrico dessas bacias. Nada disso é problema dos ruralistas. Para muitos deles, aliás, tudo isso é coisa de veado.
Autor de "Bom Combate" (Contraponto, 2006)]
* Editor da Editora Contraponto. Doutor Honoris Causa da Universidade Bicentenária de Aragua (Venezuela)

SURREALISMO PURO

O atento jornalista Jango Medeiros captou ontem a noite da entrevista da governadora Yeda Crusius a TV Cultura, no programa Roda Viva a seguinte frase:


"Sou pré-candidata. As ruas estão me dizendo que vou largar na frente."
...certamente ela vai mostrar o taco da sandália, disparando do povo ....

MULHERES REALIZAM AUDIÊNCIA PÚBLICA

A Flavia Retamar nos envia convite para audiência pública nesta quinta -feira organizada pela Marcha Mundial das Mulheres, Movimento Contra a Violência e a Impunidade, O Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, com representantes da Secretaria de Segurança Pública e do governo do Estado do RS para tratar do tema: da impunidade e dos diversos assassinatos em nossa cidade. O evento acontece neste dia 8 de outubro, a partir das 15h no plenário da Câmara de Vereadores.

sábado, 3 de outubro de 2009

TARSO VENCE EM PESQUISA DO IBOPE

O jornal Zero Hora publica neste domingo (4) pesquisa Ibope sobre a sucessão estadual no Rio Grande do Sul. O candidato do PT, Tarso Genro, lidera em todos os cenários e também na disputa em segundo turno. Na pesquisa espontânea, Tarso tem 10%, sendo seguido por Germano Rigotto (PMDB), com 6%, José Fogaça (PMDB), com 4% e Olívio Dutra (PT), com 4%. Yeda Crusius (PSDB) tem 3% e Beto Albuquerque (PSB), 1%. O índice de indecisos é de 56%., com 11% de brancos e nulos.
Nos quatro cenários estimulados, Tarso lidera com índices que variam entre 37% e 40%. Em segundo lugar, alternam-se Rigotto e Fogaça, com índices que variam de 26 a 28%. Em terceiro lugar aparece Beto Albuquerque, com uma variação de 7 a 8%. Quando aparece, Yeda Crusius vem em quarto, com uma variação de 4 a 5%. A atual governadora do Estado tem o maior índice de rejeição entre todos os candidatos: 60% dos entrevistados disseram que não votam nela de jeito nenhum. Os demais índices de rejeição são muito mais baixos: Paulo Feijó (DEM), com 14%, Tarso Genro, com 13%, Pedro Ruas (PSOL), 12%, Rigotto, 11%, e Fogaça, 9%.
No segundo turno, Tarso vence em todas as simulações:
48% a 34% contra Rigotto48% a 34% contra Fogaça65% a 10% contra Yeda
Nas simulações de segundo turno, Yeda perde em todos os cenários, seja contra Tarso, seja contra um candidato do PMDB.
O Ibope também consultou a opinião dos eleitores gaúchos sobre a disputa presidencial. Na pesquisa espontânea, Lula lidera com 19%, sendo seguido por José Serra, com 14%, Dilma Rousseff (PT), com 7% e Ciro Gomes (PSB), com 2%. Nos dois cenários estimulados, os resultados são os seguintes:
Cenário 1Ciro – 27%Dilma – 20%Aécio – 10%Heloísa Helena – 10Marina Silva – 8
Cenário 2Serra – 30%Dilma – 19%Ciro – 19%Heloísa Helena – 8%Marina Silva – 6
Na disputa para o Senado, Paulo Paim (PT) lidera o levantamento espontâneo, com 10%, sendo seguido por Sérgio Zambiasi (PTB), com 6%, e Germano Rigotto, com 4%. Na pesquisa estimulada, Zambiasi está na frente com 30%, seguindo por Paim e Rigotto, ambos com 28%.
O Ibope ouviu 812 eleitores em 52 municípios do Estado entre os dias 25 e 29 de setembro. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

LULA GANHA MAIS UMA

Do Blog Vi o Mundo-Luis Carlos Azenha

Lula tem sorte. "Rabo", é o que eles dizem.
O pré-sal foi rabo. A Copa foi rabo. As Olimpíadas? Rabo.
O Brasil? Um horror. É corrupto. Imagine só o que "eles" vão fazer com as verbas das Olimpíadas. Imaginem o que "eles" vão fazer com o dinheiro de nossos impostos.
Cá entre nós, quem é que gosta de esporte?
Quem é que vai se espremer em um estádio sem poder dizer no dia seguinte que teve algum tipo de privilégio?
Privilégio.
Essa é a palavra que define a elite brasileira.
O camarote da Brahma. O lounge exclusivo do aeroporto. A sala VIP.
A separação entre Casa Grande e Senzala é a matriz da brasilidade.
Para os amigos, tudo. Para os inimigos, toda a força da lei.
A cela especial dos diplomados. Os habeas corpus do banqueiro. Os negros que enriquecem e se tornam brancos.
Lula embaralhou bastante as cartas. É um sucesso de público.
Daí o estratagema da elite. Lula sim, o PT não. Lula sim, o Itamaraty é um horror -- dominado por chavistas. Lula é um democrata, Morales um demagogo.
É uma forma de negar o protagonismo histórico de Lula e, portanto, da classe na qual ele se originou.
É uma forma de dizer que Lula é inocente, tão vítima quanto todos nós de seus assessores "esquerdistas".
É a forma antropofágica de nossa elite de engolir Lula, ao mesmo tempo negando tudo o que ele de fato representa.
Por isso, o "rabo" de Lula. A sorte de Lula.
Lembrem-se, o pré-sal não foi resultado da sabedoria da Petrobras.
A Copa do Mundo não foi mérito do Brasil.
As Olimpíadas não foram mérito do Rio de Janeiro.
Não, foi tudo "sorte" do Lula.
Foi um acaso. Foi "rabo".
O BrasIl? É um horror. "Eles" são corruptos. "Eles" elegem gente corrupta. "Eles" não sabem gastar nosso dinheiro.
O Brasil são "eles", aqueles que não tem acesso ao nosso camarote, à nossa Casa Grande, à nossa sala VIP.
Se eles fossem como a gente, seríamos Paris. Ou Nova York.
Infelizmente, somos Brasil.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

MERCEDES SOSA EM ESTADO GRAVE

Cantora sofre com evolução de problemas cardiorrespiratórios .O estado de saúde da cantora argentina Mercedes Sosa, que estáinternada em um hospital de Buenos Aires, piorou hoje com a evoluçãode problemas cardiorrespiratórios.
Segundo um boletim do hospital Trinidad, a artista recebe auxílio pararespirar "com prognóstico reservado" e conta com ajuda também de um médico particular.
Desde que, no começo da manhã, se conheceu a piora do estado de Mercedes Sosa, de 74 anos, milhares de seguidores começaram a postarmensagens de apoio em seu site oficial, que foi bloqueado depois dasmais de 700 mil visitas.
Mercedes Sosa foi internada em meados de setembro em Buenos Airesvítima de um problema hepático que se complicou com complicaçõespulmonares.
O hospital em que a cantora se encontra recebeu hoje a visita deartistas, políticos e amigos.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

ECONOMIA POPULAR SOLIDARIA

O FORUM SANTANENSE DE ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA ,através dos amigos Sérgio e Flavia Levy, convidam todos os empreendimentos solidários de Livramento e Rivera para reunião, no dia 07 de outubro de 2009 às 17 horas, na Biblioteca Pública Municipal de Livramento com integrantes da Economia Solidaria da região e do Uruguai para planejarmos a II Feira Binacional da Economia Popular Solidária e da I Feira Regional que acontecerá de 03 a 06 de dezembro de 2009, em Livramento. Neste dia contaremos com a presença de Maribel Kauffmann - Articuladora Estadual de Comercialização Solidária - RS.Em todos os dias da Feira haverá atividade formativa sobre Economia Solidária, das 15h às 17h para empreendedores, sendo dois dias assessorados pelo Brasil e dois pelo Uruguai, e atividades culturais para o público em geral