quarta-feira, 25 de novembro de 2009

CAI A MASCARA DO PACOTE: PROFESSORES E BRIGADIANOS NA PRAÇA DA MATRIZ

Os professores estaduais ganham hoje o apoio dos brigadianos na vigília mantida na Praça da Matriz, em frente ao Palácio Piratini, contra o pacote da governadora Yeda Crusius (PSDB) para os servidores públicos. Na manhã desta quarta, os professores entregam aos deputados um abaixo assinado, com mais de 40 mil assinaturas, em defesa dos planos de carreira da categoria. Os deputados recebem também um ofício solicitando uma tomada de posição frente aos projetos do governo tucano. “Os deputados terão que dizer se estão do lado da destruição de direitos e dos serviços públicos ou do lado dos trabalhadores e de seus direitos”, diz o CPERS Sindicato.

Ontem à noite, dirigentes das entidades representativas da base do serviço público estadual decidiram realizar um ato unificado de todas as categorias na próxima terça-feira, dia 1° de dezembro. O protesto será realizado a partir das 10 horas, na Praça da Matriz, e pedirá a retirada do “pacote de bondades” do governo da Assembléia Legislativa.

Na avaliação do presidente do sindicato dos policiais civis (Ugeirm), Isaac Ortiz, “o pacote da Yeda é uma bomba para as carreiras dos servidores. “Termina com nossas principais garantias. Acaba com triênios, com as promoções por antiguidade, única forma séria de avanço na carreira. Houve unanimidade de entendimento entre todas as entidades. Não há como aceitar isso, é fim da carreira policial e do servidor público. Precisamos também da força dos aposentados nesse protesto. É preciso retirar esse pacote”.

As entidades pretendem pressionar os parlamentares para que a governadora recue no intento de destruir as carreiras do serviço público. A lembrança do prejuízo eleitoral em 2010, avaliam, será a única forma de “sensiblizar” a base aliada de Yeda na Assembleia. Na reunião de ontem, estavam presentes, além da Ugeirm, representantes da área da segurança pública (ASSTBM, Abamf, Amapergs), além do Cpers, Sindicaixa, Sindsepe e Simpe, que integram o Fórum de Servidores Públicos.

Ontem, os brigadianos aprovaram indicativo de greve e a unificação das ações juntamente com outras categorias do funcionalismo. Na semana passada, uma assembléia do CPERS também aprovou indicativo de greve. O conselho de representantes da Ugeirm também tomou essa decisão, ainda no dia 16 de outubro.

Uma das principais críticas dos servidores contra o “pacote de bondades” de Yeda é o aprofundamento do abismo salarial. O governo decidiu negociar apenas com os altos salários, aprofundando o abismo que existe dentro do próprio Executivo. Assim excluíram os agentes policiais do reajuste de 24% - afinal, segundo a Asdep (Associação de Delegados), nós tivemos 170% de reajuste nos últimos 12 anos”, diz a Ugeirm.

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